Fragmentos: Dentro da noite veloz - Ferreira Gullar

A vida muda como a cor dos frutos lentamente e para sempre. A vida muda como a flor em fruto velozmente.
A vida muda como a água em folhas o sonho em luz elétrica a rosa desembrulha do carbono o pássaro da boca mas quando for tempo.
E é tempo todo o tempo mas não basta um século para fazer a pétala que um só minuto faz ou não mas a vida muda a vida muda o morto em multidão.


1 de nov. de 2006

Quem te viu e quem te vê ou O teu passado não mais te condena

Do Blog do Noblat - 1º/11/2006
A um passo da reabilitação

Certo dia, quando Delfim Neto ainda era o todo-poderoso xerife da economia durante o regime militar inaugurado em 1964, o então líder sindical Djalma Bom, da turma de Lula em São Bernardo do Campo, saiu-se com esta diante de uma assembléia de operários:

- Aquele gordinho sinistro diz que a gente é comunista. Mas vocês sabem quem é comunista? Comunista é ele.

Foi delirantemente aplaudido.

Delfim está a um passo de ser reabilitado por aqueles que o chamaram no passado de cérebro da direita, comunista e outras cositas mais.

Sob o manto do PP de Paulo Maluf, ele sempre se elegeu deputado federal por São Paulo.
Até que teve a má idéia de se mudar para o PMDB - e acabou derrotado na última eleição.

Djalma Bom já o perdoou. E Lula não o deixará na mão.

No momento, Delfim está mais cotado para o cargo de assessor especial de Lula do que de ministro.

Mas poderá emplacar como ministro da Agricultura, sim.

Ele e o ex-ministro Antonio Palocci funcionam como conselheiros informais de Lula em matéria de política econômica.

Palocci conta a Lula o que ouve por aí entre empresários e banqueiros. Delfim formula idéias.

Link para o Blog do Noblat

PF investiga Caixa 1. E o Caixa 2?


PF devassa campanhas

Doadores de Lula e Mercadante serão investigados pela polícia, que procura origem do dinheiro para dossiê contra tucanos


A Polícia Federal investigará a movimentação financeira de doadores de campanha do PT atrás de pistas sobre a origem do dinheiro que seria usado por petistas para a compra do dossiê contra os tucanos. Os policiais querem identificar se, em nome dos financiadores de candidatos da legenda, existem transações atípicas de onde possam ter saído os recursos — ou parte deles — para bancar o material que comprometesse integrantes do PSDB com a máfia dos sanguessugas.
A nova frente de apuração se concentrará nos doadores de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do senador Aloizio Mercadante, candidato derrotado ao governo de São Paulo. Até agora, os envolvidos com a negociação do dossiê eram ligados ao comitê de um e do outro. Trabalhavam para Lula Jorge Lorenzetti, encarregado de coordenar o núcleo de análise de risco e mídia do comitê; Osvaldo Bargas, ex-secretário-executivo do Ministério do Trabalho e que ajudou a escrever o programa de governo do presidente reeleito; e Expedito Veloso, também envolvido na campanha. No caso de Aloizio Mercadante, quem se envolveu no episódio foi Hamilton Lacerda, seu ex-coordenador de comunicação. A polícia apontou Lacerda como o “homem da mala”, suspeito de ter entregue a Valdebran Padilha e Gedimar Passos o dinheiro que seria repassado ao empresário Luiz Antônio Vedoin em troca do dossiê. Os dois foram flagrados pela PF em um hotel da capital paulista, no dia 15 de setembro, com cerca de R$ 1,75 milhão (R$ 1,1 milhão e US$ 248,8 mil).
A PF terá acesso, a partir de hoje, à lista de doadores de campanhas petistas. É que venceu ontem o prazo para que os candidatos que concorreram apenas no primeiro turno, caso do senador Aloizio Mercadante, apresentassem aos tribunais regionais eleitorais nos estados a prestação de contas, com a indicação de contribuintes e respectivos valores. Os dados são públicos. O comitê do presidente Lula terá até o dia 29 para entregar à Justiça Eleitoral o balanço entre receitas e despesas.

Dinossauros atacam novamente

Folha de São Paulo - 01/11/2006
PF intimidou jornalistas, diz revista "Veja"

Publicação vê abusos e distorções em depoimento de profissionais na sede da polícia, que nega qualquer irregularidade

Repórteres foram inquiridos pelo delegado do caso sobre as vinculações partidárias e o posicionamento político da revista e de seus editores

Após o presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva ter afirmado que pretende mudar seu relacionamento com a imprensa, três repórteres da revista "Veja" afirmaram ontem terem sido intimidados, pressionados e constrangidos pelo delegado da PF paulista Moysés Eduardo Ferreira. Chamados a depor na condição de testemunhas, como autores de uma reportagem sobre supostas ilegalidades cometidas por policiais federais, tiveram de responder sobre o posicionamento político da revista e supostas filiações partidárias. Os depoimentos ocorreram um dia depois de jornalistas terem sido hostilizados por militantes petistas em Brasília, na chegada do presidente ao Palácio da Alvorada. O presidente nacional do PT, Marco Aurélio Garcia, ao comentar o episódio, disse que a imprensa deveria fazer uma "auto-reflexão" sobre a forma com que havia noticiado o escândalo do mensalão. Após o segundo turno, Lula falou mais de uma vez que pretende melhorar seu relacionamento com os jornalistas.

Link para a reportagem completa: Assinantes da Folha de São Paulo

27 de out. de 2006

Charges do Dia - Charges Online

Esta charge do Regi foi feita originalmente para o Correio Amazonense






Esta charge do Heringer foi feita originalmente para o Charge Online





Esta charge do Nani foi feita originalmente para o JB Online



Esta charge do Dálcio foi feita originalmente para o Correio Popular

Aparecem aloprados do PSDB

Blog do Josias de Souza
PF desmascara falsa testemunha no dossiêgate

Agnaldo Henrique Lima, um padeiro apresentado ontem como o “laranja” que teria levado R$ 250 mil para o petista Hamilton Lacerda, foi desmascarado pela Polícia Federal nesta sexta. Descobriu-se que ele prestou falso testemunho. Será indiciado por “falsidade ideológica”.
Antes de ser contatado pela PF, o falso “laranja” havia procurado jornais da região de Pouso Alegre, em Minas Gerais. Chegou a gravar entrevistas afirmando que teria levado dinheiro para Lacerda, ex-assessor de Comunicação da campanha de Aloizio Mercadante, candidato derrotado ao governo de São Paulo.
Interrogado, o sujeito disse que recebera um depósito de R$ 80 mil em sua conta bancária. Depois, teria recebido mais 170 mil reais de seu patrão, Luiz Silvestre. De acordo com a sua versão, agora desmontada, ele havia juntado todo o dinheiro e rumado para São Paulo, para encontrar Hamilton Lacerda.
A PF verificou que a alegada movimentação financeria do denunciante não batia com os dados disponíveis no banco. Descobriu-se, de resto, a presença de uma tucana na tuba. A PF informa que o falso denunciante foi levado à mídia mineira por Rosely Souza Pantaleão. Vem a ser secretária-executiva do PSDB local. A moça alega que, assim como a PF, também ela foi enganada por Agnaldo Henrique. Huuuummmm! Então, tá!

Do Blog do Claúdio Humberto

Extra! Extra!

Cartilhas: Lula é réu em ação popular

O juiz Marcos Augusto de Sousa, da 2ª Vara Federal, de Brasília, determinou nesta quinta-feira a citação do presidente Lula e de mais 20 pessoas e empresas acusadas, em ação popular, pelo desvio de R$ 12,5 milhões das cartilhas da Secretaria de Comunicação da que nem sequer teriam sido impressas.
A citação será feita por Oficial de Justiça ou por cartas precatórias, dependendo do caso. O autor é Vinícius Rodrigues Bijos e o advogado é seu pai, Jairo Rodrigues Bijos, residentes em Taguatinga (DF). A ação popular pede também a “declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio”, revogação e anulação de ato administrativo e a nulidade dos contratos referentes às tais cartilhas.
Além de Lula, são processados na Justiça Federal o ex-ministro Luiz Gushiken (Secom), doze funcionários do governo Lula, as agências de propaganda Matisse e Duda Mendonça, as empresas Web Editora Ltda, Editora Gráficos Burti Ltda, Pancrom Indústria Gráfica Ltda, Kriativa Gráfica e Editora Ltda, Takano Editora Gráfica Ltda, além de Cid Marques Faria.

Quadrilha S/A

Folha de São Paulo - 27/10/2006
Painel

Renata Lo Prete - painel@uol.com.br

Sociedade anônima

O Planalto e a Polícia Federal já sabem que a trama abortada quando foram presos os dois petistas com R$ 1,7 milhão para comprar o dossiê contra José Serra não envolveu apenas os "aloprados" já conhecidos do público.
Semanas antes do flagrante em São Paulo, houve reunião com mais de 20 pessoas para tratar do assunto em Brasília, aponta a investigação.Em busca da origem do dinheiro, a PF segue ainda outras pistas: ao menos parte dele teria vindo de "caixa próprio" do grupo chefiado pelo churrasqueiro Jorge Lorenzetti. "Há um braço financeiro na operação, que tinha caixa angariado junto a sindicatos e outras entidades", diz um envolvido na investigaç

Chager do Dia - Angeli

Folha de São Paulo - 27/10/2006

Luis Bafo-deOnça


Folha de São Paulo - 27/10/2006
NELSON MOTTA

O bafo da onça


"Os companheiros", um belo filme de Mario Monicelli, levava as platéias ao delírio nos breves e turbulentos anos Jango, às vésperas do golpe de 64. Era um drama em estilo semidocumental sobre uma greve heróica dos primeiros sindicalistas italianos, no tempo da jornada de 16 horas. Vivido pelo jovem Marcello Mastroianni, o líder sindical era arrebatador: o público saía do cinema pronto a pegar em armas e marchar sobre a burguesia opressora. A rapaziada assistia diversas vezes, aplaudia entusiasticamente no final, jurava solidariedade eterna à classe operária.
Na mesma época, meu tio era procurador da Justiça do Trabalho e tinha entre suas funções representar o Ministério do Trabalho em eleições sindicais. De padeiros e pedreiros, de bancários e barbeiros. E sempre voltava com histórias sensacionais das brigas, dos golpes e tramóias, era puro faroeste. Uma vez contou, às gargalhadas, que a eleição tinha sido anulada porque, para evitar a derrota, os comunistas (ou a direita) tinham cortado a luz e fugido com a urna.
O maior valor de um sindicalista que mereça o respeito e a confiança dos companheiros que o elegeram é sua capacidade de conquistar, no papo ou no grito, o melhor para sua categoria. Lula é o maior de todos eles, virou um mito, chegou a presidente da República. Mas, primeiro, aprendeu a ganhar as ferozes eleições no sindicato, onde a onça bebe água e luta com unhas e dentes pelo poder e pela ascensão social.
É nessa dura escola que se formou e cresceu a elite sindical lulo-petista que está no governo. Talvez por isso trabalhem tanto pelos companheiros, a central e o partido -e tão pouco pelo país e pelos contribuintes que lhes pagam os salários. Nesse filme, Mastroianni é Lorenzetti.



Link para Folha de São Paulo: Assinantes

26 de out. de 2006

Vão-se os anéis, para salvar os dedos!


Uma investigação paralela ordenada por Lula sobre a compra do dossiê contra José Serra (PSDB) identifica Ricardo Berzoini, ex-presidente do PT e ex-coordenador da campanha à reeleição, como responsável pela operação desastrosa, inclusive pela arrecadação dos recursos utilizados – R$ 1,7 milhão, e reconhece que o dinheiro era de caixa-dois.

Na avaliação de Lula, informa o Blog da Revista Época, Berzoini sabia que seus assessores Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti negociavam o dossiê com a família Vedoin desde o início de agosto. Quando Luiz Antônio Vedoin estabeleceu os R$ 2 milhões como preço do material que comprometeria Serra, Bargas e Lorenzetti consultaram Berzoini. O ex-presidente do PT teria autorizado o recolhimento do dinheiro.

Lula foi informado das prisões de Gedimar Passos e Valdebran Padilha pela Polícia Federal às 13h da sexta-feira, 15 de setembro. Teria dito:

- P... De novo, não! -, lembrando o escândalo do delubioduto.

Na avaliação de dois ministros ouvidos pela revista, a candidatura de Lula não sofrerá revés por conta do escândalo, porque o dinheiro irregular não necessariamente foi entregue à campanha de Lula. Leia mais no site da Revista Época.

E o pagamento será feito em 4 anos!

Correio Braziliense 26/10/2006
Nadando em dinheiro

TSE autoriza Candidatos a presidente a aumentar teto de despesas nas campanhas. Juntos, os dois podem gastar até R$ 210 milhões


As novas regras previstas pela minirreforma eleitoral para baratear as campanhas presidenciais, como a proibição de brindes, outdoors e showmícios, parecem não ter surtido muito efeito na corrida ao Planalto. Tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, quanto o candidato tucano, Geraldo Alckmin, conseguiram autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para elevarem as previsões de gasto máximo de suas campanhas por causa do segundo turno.
Com a decisão, Lula pode gastar até R$ 115 milhões — R$ 26 milhões a mais do que tinha previsto no primeiro turno. Já Alckmin elevou de R$ 85 milhões para R$ 95 milhões o limite máximo para suas despesas. Juntos chegam à marca milionária de R$ 210 milhões. Caso utilizem todo esse dinheiro, será a campanha mais cara dos últimos tempos. As quantias são muito superiores às declaradas em 2002.
Na ocasião, Lula estipulou um limite de gastos de R$ 36 milhões no primeiro turno. No segundo turno, conseguiu também a autorização do TSE para que o valor fosse alterado para R$ 48 milhões. Na hora de prestar contas, o PT disse ter gasto cerca de R$ 39 milhões. A campanha tucana à Presidência daquele ano estimou um teto bem mais alto, de R$ 60 milhões, e declarou ter gasto R$ 5 milhões a menos que seu concorrente. Se a comparação for com a eleição de 1998, a distância é ainda maior: Lula estimou em R$ 15 milhões o limite de despesas e gastou R$ 3,9 milhões. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que na época brigava pela reeleição, pretendeu gastar até R$ 73 milhões, e prestou contas de R$ 45,9 milhões.

Golpismo 2

Folha de São Paulo - 26/10/2006
JANIO DE FREITAS

O vício resiste

Nas circunstâncias atuais, a pretensão de impeachment de Lula disfarça mal a idéia de um golpe branco

A SIMULTANEIDADE de eleição presidencial e caso dossiê trouxe de volta uma idéia que muitos diziam para sempre extinta na vida política brasileira. Não importa que esteja restrita a uma parte das eminências do PSDB, como a um pequeno grupo pefelista, e aparentemente a um ou outro meio de comunicação. Nem faz diferença que se apresente como um recurso de ordem judicial, amparado em preceitos legais.
Nas circunstâncias em que se apresenta, a pretensão de impeachment de Lula, mesmo no decorrer do previsto segundo mandato, disfarça mal a idéia de um golpe branco.É possível argumentar que as ações judiciais já entradas contra Lula nasceram das ocorrências do dossiê, e não do propósito de afastá-lo da Presidência. Os contra-argumentos não são escassos. A começar de que a idéia de impeachment emergiu, inclusive publicamente, antes de haver qualquer indício de comprometimento direto de Lula ou mesmo indireto, do seu gabinete, na história ainda inconvincente do dossiê.
O que Tasso Jereissati, Jorge Bornhausen, Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Alckmin apresentam como comprometimento são adulterações de certos fatos ou ficções de sua autoria. Como dizer, por exemplo, que se "o chefe-de-gabinete da Presidência telefonou a Jorge Lorenzetti para saber de informações, Lula sabia de tudo" (Tasso Jereissati, mas não só ele). Se ligou para saber do que se tratava, até prova em contrário, é porque nenhum dos dois sabia. O comprometimento de Lula, ou de alguém que o comprometa de fato, é possível como tantas outras possibilidades, inclusive a armação de oposicionistas, mas nada fundamentou tal hipótese, até agora. Fatos por fatos, a armação até se aparenta menos aérea.
No Estado de Israel, o presidente está em processo criminal, sob a acusação de violentar uma mulher e importunar, com propósito semelhante, outras nove ou dez. O primeiro-ministro Ehud Olmert, notabilizado pela investida militar no Líbano, está sob a acusação de colaborar para atos de corrupção. Nos Estados Unidos, é notório o envolvimento do vice-presidente Dick Chenney, acobertado por Bush, com empresas postas sob graves acusações de desvios que chegariam a US$ 1 bi, no Iraque. Todos esses casos levam, nos seus países, a falar de investigação (muito mais em Israel do que nos EUA) e, se couber, julgamentos judiciais. Em nenhum há ação judicial com objetivo de impeachment.
Por que, no Brasil, antes mesmo que a investigação ao menos progrida um pouco, e se livre de seus aspectos estranhos, políticos com grandes responsabilidades adotam, afoitos, a idéia e os passos iniciais para impeachment? Por que, se a essência desse movimento não se confundir com a idéia de golpe branco?"Lula não pode sair incólume dessa fraude", pregava anteontem o senador Tasso. "Não sair incólume" é uma expressão que não permite duas interpretações. No caso de um candidato à reeleição, é que não possa chegar ao segundo mandato. No caso de presidente eleito ou reeleito, a única maneira de "não sair incólume" é perder a Presidência.Pelo que se sabe do caso dossiê, a idéia de impeachment (ou de invalidação da candidatura) fica entre os desatinos. Mas revela bastante. Ou confirma.


Charge do Dia - Jean

Folha de São Paulo - 26/10/2006


Clóvis Rossi

Folha de São Paulo - 26/10/2006
CLÓVIS ROSSI

"Golpismo", falso e verdadeiro

É emblemática, do ponto de vista do baixo respeito às regras no Brasil, a aceitação da tese de "golpismo", esgrimida pelo PT em relação à investigação do escândalo do dossiê, em curso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"Golpismo" seria o inverso, ou seja, aceitar a idéia de que algumas pessoas (no caso, o presidente da República) estão acima da lei. Louve-se, a propósito, o presidente Lula, que, na sabatina com a Folha, não encampou a tese do "golpismo" ao dizer que, se crime houve, ele tem de pagar.Prosseguir na investigação e fazê-la com rigor, seja qual for o resultado de domingo, é a única chance de o Brasil demonstrar que não é uma republiqueta, ao contrário do que indica a catarata de escândalos sem punições que escorre dos cumes do poder desde tempos imemoriais e que o lulo-petismo manteve nas alturas.
Que a decisão do TSE será política não há a menor dúvida. Sempre é assim em casos que envolvem a disputa política, com perdão pela obviedade, infelizmente necessária em um país em que até o óbvio é objeto de caixa dois. Posso até apostar que a decisão do TSE será favorável a Lula, mesmo que se comprove que o dinheiro para a operação dossiê saiu do comitê de campanha, do PT ou até de empresas públicas. Nesse caso, a lei eleitoral determina a impugnação da candidatura.
Mas o TSE não pode desconhecer um argumento, que não é juridicamente perfeito, mas é factualmente correto: a vitória de Lula não será devida ao caso do dossiê. Portanto, impugnar a candidatura seria desconhecer a vontade do eleitorado, manifestada mesmo depois de dada toda a devida e necessária divulgação ao escândalo. Não é argumento juridicamente válido, porque as urnas só registram o voto, não o motivo dele. Mas é bom senso, sem "golpismo" de um lado ou do outro.

25 de out. de 2006

Maldades



Quem pode confiar em um candidato que tenta esconder a careca de forma tão tosca!


Maldades e Bondades

Do Blog do Josias de Souza - 25/10/2006


Em onze de cada dez discursos que pronuncia, Lula diz que “a elite desse país” destila preconceito contra ele. Atribui à aversão por sua "origem humilde" a tentativa da “direita” política, associada ao que denomina “mídia conservadora”, de caracterizar a sua gestão como um mar de escândalos.

O presidente-candidato erra na causa. Impossível ignorar as ondas de malfeitorias que banham a soleira da porta de seu gabinete. Mas Lula acerta no efeito. São inegáveis os traços de intolerância de parte da sociedade contra a figura do ex-operário.

Um dia depois de o TSE ter proibido a distribuição de adesivos que faziam alusão a uma deficiência física do presidente –a mão de quatro dedos, reflexo de um mindinho decepado numa presa dos tempos de metalúrgico—, um novo adesivo preconceituoso passou a circular pelas principais capitais do país.

A peça faz referência aos supostos hábitos etílicos do presidente. Lula jamais negou que tenha apreço pela cachaça. Sabatinado pela Folha na semana passada, disse, porém, que ninguém jamais o viu embriagado. O que é um fato. Ao menos nos seus quase quatro anos de mandato.
Os adversários de Lula têm munição de sobra para estabelecer com ele o contraditório indispensável a uma campanha eleitoral. Ao apelar para golpes abaixo da linha da cintura, apenas fornecem munição ao adversário. Que não se queixem, pois, quando ouvirem Lula acusá-los de preconceituosos.

Link para o Blog do Josias de Souza


Agência Carta Maior

Agência Carta Maior - 25/10/2006
Por que Lula dispara?

Se nenhum cataclismo ocorrer até domingo, Lula baterá Alckmin por mais de 22 pontos de diferença. Por que um candidato dado como quase derrotado pela imprensa há 3 semanas subiu tão rapidamente? A resposta pode estar à esquerda...


Na noite de terça-feira (24), o Datafolha divulgou dois números definitivos: Lula 61%, Alckmin 39%. Com 22 pontos percentuais de diferença entre os candidatos, tendendo a aumentar, a peleja está decidida, caso céus e terras não se movam (no Brasil, tudo pode acontecer, inclusive nada, como lembrava o Barão de Itararé).
Colunistas da grande imprensa, que não esconderam suas preferências para com o candidato tucano, jogaram a toalha nos últimos dias. Até mesmo Arnaldo Jabor, o “rebelde a favor”, na definição do cartunista Jaguar, sentenciou: “Dia 29, Lula deverá ser reeleito. Favas contadas”.
Qual o mistério de um candidato que, mesmo tendo alcançado 48,7% no primeiro turno, era apresentado em 2 de outubro como virtual derrotado? Qual o segredo destas eleições, cuja grande surpresa foi não haver surpresas? Cuja grande virada, como muitos esperavam, foi não ter havido virada alguma? O terreno da política Longos debates se seguirão ao 29 de outubro para se avaliar o ocorrido.
Mas a mudança tática feita pelo candidato petista nas últimas semanas é digna de nota. A disputa realizada até 1º. de outubro, pautada pela marquetagem e por querelas para se saber se teríamos “choque de gestão” ou “choque de ética” mudou de patamar. Adentramos agora o sacrossanto terreno da política, o que é uma bênção para o país. Lula conseguiu mudar a lógica do moralismo duvidoso de Geraldo Alckmin – o mesmo que bloqueou 69 CPIs na Assembléia Legislativa de São Paulo – através do questionamento das privatizações da era tucana. Ao invés do campeonato para ver quem é mais ladrão, algo de responsabilidade do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça -, tivemos o início de um enfrentamento sobre concepções de Estado e da esfera pública.
Não é pouco, não é pouco! Tudo indica que Lula cresceu por mover-se para a esquerda, por colocar mais claramente que não tentará esmagar aspirações justas dos países vizinhos, como a Bolívia, por declarar não baixar a cabeça para os Estados Unidos e por se colocar ao lado dos que lutam por mais Justiça. Pode ser que o segundo mandato não materialize estas premissas, caso não haja muita pressão a partir de baixo. Mas elas estão plasmadas na consciência popular. Lula cresce entre os eleitores de Heloísa Helena, entre os que desejam um governo melhor que o atual. E Alckmin cai por aparecer como um produto das elites endinheiradas. O corte de classe indicado pelas pesquisas é algo inédito na cena brasileira. É bom Lula olhar com carinho para isso. Resta saber se ele estará à altura desse desafio num possível segundo mandato. Repetindo: se nenhum cataclismo acontecer até domingo...

Link para Agência Carta Maior

Doláres voadores

Correio Brazilense 25/10/2006
O vôo dos R$ 1,7 milhão


PF investiga se petistas transportaram o dinheiro para compra do dossiê em um avião de Nova Iguaçu a São Paulo

A Polícia Federal investiga a utilização de aviões de pequeno porte no escândalo do dossiê. Um deles teria sido alugado para transportar o dinheiro arrecadado por petistas na Baixada Fluminense para a compra do dossiê contra tucanos do Rio de Janeiro para São Paulo. A aeronave teria partido de uma pista de decolagem em Nova Iguaçu, endereço da Vicatur Câmbio e Turismo Ltda., e pousado no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo. A PF suspeita que veio da Vicatur a maior parte dos US$ 248,8 mil que seriam usados na negociação.
Os responsáveis pelo inquérito também apuram uma informação de que o empreiteiro Abel Pereira, amigo e ex-assessor do tucano Barjas Negri, sucessor de José Serra no Ministério da Saúde, estaria providenciando o aluguel de um avião também em Campo de Marte para levar a Cuiabá o dinheiro que seria usado para “comprar” o silêncio de Luiz Antônio Vedoin. O sócio da Planam negociava com os petistas as informações que comprometeriam os tucanos com a máfia dos sanguessugas. No caso do avião que teria atendido os petistas, a PF tenta confirmar há pelo menos uma semana detalhes sobre a realização do vôo. Ela persegue uma denúncia de que a aeronave de pequeno porte fez a viagem, com três pessoas à bordo, três dias antes da apreensão dos R$ 1,75 milhão em poder de Valdebran Padilha e Gedimar Passos.
Um dos policiais envolvidos na investigação disse ontem ao Correio, em Cuiabá, que eles investigam três possíveis passageiros: o próprio Gedimar, o empresário Fernando Ribas, dono da Vicatur, e Hamilton Lacerda, apontado como o “homem da mala”. A suspeita de que um avião de pequeno porte foi alugado para transferir do Rio para São Paulo parte do dinheiro que seria usado na transação do dossiê ganhou força por causa das revelações dos últimos dias. Primeiro, a polícia levantou indícios de que R$ 5 mil dos R$ 1,1 milhão que estavam com Valdebran e Gedimar passaram por bancas do jogo do bicho em Caxias e Campo Grande, ambos na Baixada Fluminense. No último fim de semana, surgiu a informação de que uma parte significativa dos dólares teriam sido adquiridos na Vicatur, uma casa de câmbio com sede em Nova Iguaçu.

Veneno do dia - Cláudio Humberto

Blog do Cláudio Humberto 25/10/2006
Lei Pinóquio


A Bahia ganha um novo jurista: o governador eleito Jaques Wagner, para quem réus petistas têm o direito de mentir. É a lei Pinóquio, artigo 171.






Link para o blog do Cláudio Humberto

24 de out. de 2006

Charge do Dia - Sinfrônio















Laranja dos Aloprados

Correio Brazilense - 24/09/2006









PF no rastro de “laranjas”



Polícia identifica pessoas que podem ter sacado parte dos dólares apreendidos com petistas e já tenta hoje colher depoimentos


A Polícia Federal identificou um grupo de “laranjas” no caminho dos US$ 248,8 mil que seriam usados por petistas na compra do dossiê contra tucanos. Eles pertenceriam a uma mesma família, de origem humilde, e tiveram seus nomes incluídos na transação para encobrir o verdadeiro financiador dos dólares. E moram no subúrbio do Rio de Janeiro, região onde também fica a Vicatur Câmbio e Turismo Ltda, a agência de turismo de Nova Iguaçu de onde teria saído a maior parte dos recursos em moeda americana encontrados em poder dos petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos.
No total, a dupla foi presa com R$ 1,75 milhão num hotel de São Paulo no dia 15 de setembro. Ao analisar mais de 200 mil operações realizadas entre agosto e setembro em 30 casas de câmbio e agências de turismo no Rio, São Paulo e Florianópolis, a polícia identificou uma série de irregularidades. Foi possível identificar, em alguns casos, que seus clientes eram na verdade pessoas humildes que alugam seus CPFs para que terceiros comprem dólares, em operações de lavagem de dinheiro. Ao perseguir transações com esse perfil, os investigadores desconfiaram de um conjunto de operações que somam aproximadamente o valor que estava com o grupo petista.
A investigação da PF conseguiu identificar entre cinco e nove “laranjas” em operações da Vicatur e tentará ouvi-los a partir de hoje. Não se sabe ainda se eles “emprestaram” seus cadastros ou tiveram os nomes inseridos indevidamente na operação. Nesse caso, admite-se a hipótese de que eles vinham sendo utilizados como intermediários em operações similares há mais tempo — não só na que teria dado origem aos US$ 248,8 mil que estavam com Valdebran Padilha e Gedimar Passos — e, dificilmente, terão informações para contribuir com os responsáveis pelo inquérito. Para tentar levantar informações sobre o caso, os policiais chegaram a programar para ontem uma operação de busca e apreensão de documentos na Vicatur, mas o vazamento do nome da empresa para a imprensa no último domingo fez com que os investigadores recuassem. Um dos investigadores, no entanto, afirmou que o fato de parte dos recursos ter sido adquirida nessa casa de câmbio não significa que ela esteja envolvida em irregularidades, porque um doleiro poderia ter montado toda engenharia da operação sem o conhecimento dos proprietários. Raciocínio válido para as casas de câmbio Diskline, de São Paulo, e Centauros, de Florianópolis, também investigadas pela polícia.

23 de out. de 2006

Lula Pai, Lula Filho

O Estado de São Paulo - 24/10/2006
Oposição fala em investigar Lulinha


O empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode ser convocado pela Câmara dos Deputados para explicar as denúncias de que teria atuado como lobista da Telemar, da Brasil Telecom e da produtora de vídeo Casablanca.
O líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) defenderam ontem que uma comissão temática da Câmara investigue a denúncia contra Lulinha, que é sócio da empresa Gamecorp.
'A comissão pode abrir uma investigação, à medida que ele é acusado de ter feito lobby junto à Secretaria de Direito Econômico (SDE). Além disso, é preciso abrir uma investigação em torno do enriquecimento do filho do presidente da República', disse Aleluia. 'A comissão pode enviar um pedido de informações ao filho do presidente para saber sua resposta sobre até que ponto ele tinha ligação com o lobby', afirmou Gabeira.
Segundo os deputados, a convocação de Lulinha poderia ser feita pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio ou pela Comissão de Fiscalização e Controle. A denúncia, da revista Veja, diz que o investimento de R$ 15 milhões da Telemar na Gamecorp pagou também o trabalho de lobby feito por Lulinha e por seu sócio Kalil Bittar, filho de Jacó Bittar, fundador do PT e amigo de Lula.
A denúncia diz que Lulinha e Bittar defenderam interesses da Telemar, da Brasil Telecom e da produtora Casablanca e tinham sala na APS, empresa do lobista Alexandre Paes dos Santos, alvo de investigações da Polícia Federal em 2001.
MUITO ESTRANHO
'É muito estranho o envolvimento com uma pessoa com aquela ficha corrida. E está na cara que é apenas a ponta do iceberg', afirmou o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), a propósito do uso da sala da APS. Para ele, Lulinha tirou vantagem do cargo do pai para fazer seus negócios. 'Não podemos ser ingênuos: se isso é permitido dentro de casa, com filhos, não há como imaginar que isso não ocorra também em outras esferas', disse Fortes.O governo considerou a denúncia contra Lulinha 'um requentamento oportunista e eleitoral'. Na avaliação de assessores do presidente Lula, Veja não apresentou informações novas. Para eles, a denúncia contra Lulinha tem por objetivo único tentar desgastar o governo, a seis dias do segundo turno.A denúncia afirma que Lulinha e Bittar aproximaram a produtora Casablanca, da francesa Arlette Siaretta, do governo, mediante uma comissão de 5% em todos os negócios conseguidos e que hoje a Casablanca produz 50% dos filmes do governo.

Charges Online - Bessinha

"Meu Paipai - Meu Garoto"


FILHO DE LULA TERIA FEITO LOBBY PARA A TELEMAR, DIZ REVISTA

Fábio Luís Lula da Silva seria um dos lobistas das negociações com o alto escalão do funcionalismo do governo federal para mudar as leis sobre telecomunicações.

O empresário Fábio Luís Lula da Silva, 31 anos, conhecido como Lulinha, é acusado na última edição da revista "Veja" de ser um dos lobistas das negociações com o alto escalão do funcionalismo do governo federal na tentativa de mudar as leis das telecomunicações para beneficiar a Telemar.
De acordo com a revista, o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi chamado para tentar assegurar os interesses da empresa de telefonia junto ao governo que seu pai chefia. A reportagem sugere que houve, inclusive, uma disputa entre empresas de telefonia para "comprar" a influência do filho do presidente e seu acesso ao governo, e que a Telemar teria ganhado a disputa com o investimento de R$ 15 milhões na Gamecorp, empresa de Fábio Luís.
Segundo a "Veja", depois do investimento, o filho do presidente começou a se comportar como lobista da Telemar. Ele e seu sócio na empresa Gamecorp Kalil Bittar teriam mantido três encontros com Daniel Goldberg, titular da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE).
Em uma destas reuniões, no início de 2005, segundo a revista, eles perguntaram a Goldberg sobre a posição da SDE caso a Telemar comprasse a concorrente Brasil Telecom, um negócio proibido pela legislação vigente. O secretário teria dito que a fusão só seria possível através de uma mudança na lei. Ainda segundo a "Veja", os esforços para esta modificação foram abandonados por Lulinha devido à veiculação da notícia da compra pela Telemar de parte das ações da Gamecorp por R$ 5,2 milhões.
De acordo com a revista, isto nunca ''ocorreu oficialmente''. O assessor de Lulinha e Kalil, o jornalista Cláudio Sá, disse na reportagem que, se houve encontros, foram contatos meramente sociais. Goldberg, por sua vez, disse ter tratado de assuntos relativos à contratação de uma consultoria de contabilidade tributária e de um escritório de advocacia.
A revista diz também que Lulinha se associou a Alexandre Paes dos Santos, que responde a inquéritos por corrupção , contrabando e tráfico de influência. Enquanto estavam em Brasília, Lulinha e Kalil despachavam em uma sala do escritório do lobista, conhecido como APS, entre o fim de 2003 e julho de 2005.
O local é uma mansão de quatro andares e elevador, na região do Lago Sul. O assessor da dupla disse que Kalil esteve no escritório, mas disse que Lulinha nunca foi lá. APS confirmou que o filho do presidente despachava no local.

Na cidade que Lindberg (PT) é Prefeito!

Correio Braziliense - 23/10/2006
Para PF, dólares do dossiê saíram do Rio


Polícia acredita que “laranjas” sacaram dinheiro em agência de turismo de Nova Iguaçu.


Caso de polícia que virou o principal assunto nessa reta final das eleições presidenciais, a montagem do dossiê contra os tucanos, que tem ramificações em Mato Grosso e São Paulo, ganhou um novo entroncamento: a cidade fluminense de Nova Iguaçu.
Fontes da Polícia Federal, que investiga a origem dos R$ 1,75 milhão que seriam usados no pagamento do dossiê contra candidatos do PSDB, informaram que a maior parte dos 248,8 mil dólares que faziam parte desse montante saíram de uma agência de turismo de Nova Iguaçu. A empresa se chama Vicatur Agência de Turismo. Mas os nomes dos compradores não foram revelados para não atrapalhar as investigações.
Segundo a PF, os dólares foram adquiridos por “laranjas”, todos membros de uma mesma família, em lotes de valores variados. Suspeita-se que essas pessoas tenham “alugado” seus CPFs ou que seus nomes tenham sido usados sem o seu conhecimento. A próxima fase do inquérito da Polícia Federal deve durar mais 30 dias e todos serão chamados a depor.
Casas de câmbio de São Paulo e de Florianópolis (SC) também foram vasculhadas pela polícia. A Baixada Fluminense já tinha sido citada por fontes policiais em outras circunstâncias. Entre o dinheiro apreendido pela polícia, havia notas de pequenos valores, inclusive maços com fitas com a inscrição “Caxias 118” — em referência à cidade de Duque de Caxias — além de “Campo Grande 119”, nome de cidade da zona oeste. O fato levou a polícia a concluir que parte do dinheiro veio de bicheiros, chegando a apontar o banqueiro do bicho Antonio Petrus Kalil, o Turcão, 81 anos, como elo de ligação com os petistas fluminenses.

Charge do Dia - Angeli


Folha de São Paulo - 23/10/2006

Câmara Milionária

Folha de São Paulo - 22/10/2006
Um terço da nova Câmara é de milionários

Um em cada três deputados federais eleitos é milionário. Levantamento feito pela Folha mostra que, dos 513 parlamentares que assumem o cargo em 2007, 165 declararam ter patrimônio superior a R$ 1 milhão.
São 49 milionários eleitos a mais do que em 2002 (quando foram eleitos 116 milionários). Dos 165 deputados com mais de R$ 1 milhão, 74 são novatos e 91 estão na atual legislatura.O patrimônio médio do parlamentar eleito também aumentou: foi de R$ 2,2 milhões para R$ 2,5 milhões. No total, os 513 parlamentares têm juntos R$ 1,2 bilhão --R$ 128 milhões a mais que os eleitos para a Câmara há quatro anos.
Levando em conta o rendimento médio mensal do brasileiro (R$ 527, de acordo com o IBGE), seria preciso trabalhar mais de 392 anos para acumular R$ 2,5 milhões.Camilo Cola (PMDB-ES), 83, dono da viação Itapemirim, é disparado o mais rico dos deputados, com um patrimônio declarado de R$ 259 milhões. O segundo é Odílio Balbinotti (PMDB-PR), que declarou ter R$ 123 milhões.
Para o cientista político Fernando Abrucio, da FGV-SP, é impossível saber se as declarações são realmente compatíveis com a realidade. Apesar dos números, segundo ele, muitos podem ter declarado menos do que têm. "No Brasil, não pega bem ser rico. É um país com alto índice de desigualdade. As pessoas não querem se declarar ricas. Mas não acho que seja algo singular dos políticos."A bancada que terá o maior número de milionários é a do PFL: 38. Depois, vem o PMDB, com 37. O PSDB terá 21. As três legendas têm também o maior patrimônio declarado --total e médio. O PT terá seis milionários e é, pela média, o 16º partido em patrimônio.
Apesar do aumento do patrimônio dos deputados, Abrucio acredita que a minirreforma eleitoral --que proibiu showmícios e outdoors-- coibiu o abuso econômico e diminuiu a influência do dinheiro nestas eleições. "O que favoreceu mais foi ser conhecido pelo grande público e ter forte base social. "Devido à crise ética gerada pelo escândalo do mensalão e pela máfia dos sanguessugas, o cientista político coloca em dúvida o aumento de milionários. "Talvez haja mais gente [que já tinha mais de R$ 1 milhão] declarando suas contas agora."A maior parte dos deputados federais milionários é do Sudeste (62). São Paulo está em primeiro na lista, com 29. Minas Gerais vem logo atrás, com 25. O Rio tem seis e Espírito Santo, dois. O Amapá é o único Estado que não possui nenhum deputado com mais de R$ 1 milhão em patrimônio declarado.

20 de out. de 2006

Apareceu a margarida!

Terra Magazine - 20/10/2006
Novos nomes no caso dossiê: Dirceu e Berzoini

É extremo o cuidado no manejo de dois novos nomes surgidos no cruzamento de ligações telefônicas investigadas no rastro do dinheiro usado por integrantes do PT para a compra do dossiê Sanguessugas. Os dois nomes têm ligações de ida e retorno com os envolvidos: os ex-presidentes do partido, José Dirceu e Ricardo Berzoini.

O cuidado é extremo porque os motivos para as ligações telefônicas podem ser muitos em mais de 600 telefonemas cruzados, mas o fato inquestionável é que as ligações foram feitas e estão sendo apuradas as motivações.
Como dezenas de dados cruzados são de contatos feitos em instituições públicas, não se descarta terem sido de natureza corriqueira os telefonemas e, por isso, o cuidado em não divulgar uma informação de maneira leviana.

Entende-se que o caso está politizado e partidarizado ao extremo por conta do afunilamento da eleição presidencial e que, portanto, a conexão precipitada de nomes com fatos ainda não devidamente esclarecidos contribui apenas para a ainda maior partidarização do caso. Mas o fato é que o sétimo nome a se tornar o oficial na lista de investigados pode ser de um dos dois ex-presidentes do PT: José Dirceu e Ricardo Berzoini.
Terra Magazine

Charges Online 2 - Café


Charges Online 1 - Alecrim



Esta charge do Alecrim foi feita originalmente para o Charge Online


Do Blog do Josias de Souza


CPI suspeita que Lorenzetti comprou US$ 150 mil
Roosewelt Pinheiro/ABrA CPI das Sanguessugas investiga uma suposta compra de dólares feita por Jorge Lorenzetti, ex-chefe do birô de inteligência do comitê de campanha de Lula. Ele teria adquirido US$ 150 mil numa casa de câmbio chamada Centaurus, de Florianópolis (SC). A suspeita é de que o dinheiro integre o lote de cédulas que seriam usadas por petistas para comprar, em 15 de setembro, um dossiê contra políticos tucanos.

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), vice-presidente da CPI, diz que a informação chegou à comissão, que agora busca confirmá-la. A Centaurus nega que tenha transacionado dólares com Lorenzetti. Contatado pelo deputado, o delegado Diógenes Curado, que preside o inquérito do dossiêgate, esquivou-se de confirmar se a Polícia Federal também persegue a mesma pista. Limitou-se a dizer que a cidade de Florianópolis é um dos focos da investigação.

A suspeita da CPI nasceu assim:

1) um ex-funcionário graduado do Banco Central, cujo nome Jungmann mantém em sigilo, discou para o deputado para informar sobre dados que supostamente estariam armazenados nos computadores do BC;

2) informou algo que já é sabido: as cédulas de dólar que compunham o R$ 1,7 milhão apreendido pela PF em poder dos “aloprados” Gedimar Passos e Valdebran Padilha vieram dos EUA. Compunham um lote de US$ 15 milhões adquiridos pelo Banco Sofisa, de São Paulo;

3) depois de custodiar os dólares na casa de valores Brinks, o Sofisa revendeu-os a 14 corretoras. Uma delas, chamada Action, teria adquirido US$ 500 mil;

4) a Action, por sua vez, também teria revendido os dólares a outras casas de câmbio. Entre elas a catarinense Centaurus, situada no número 183 da Avenida Osmar Cunha, em Florianópolis;

5) coube à Centaurus, segundo a suspeita divulgada por Jungmann, revender US$ 150 mil a Jorge Lorenzetti, por meio de uma transação a cabo. Nesse tipo de transação, o dinheiro é enviado para uma instituição financeira no exterior e disponibilizado ao comprador no Brasil;

Se for verdadeira, a informação transforma em pó o depoimento que Lorenzetti prestou à Polícia Federal. O ex-analista de risco da campanha reeleitoral, que respondia diretamente a Ricardo Berzoini, presidente licenciado do PT, disse à polícia que nada sabia a respeito do dinheiro apreendido no Hotel Íbis, em São Paulo. Disse ter ficado “chocado” ao tomar conhecimento do fato, pelo noticiário.

É preciso deixar claro que os dados divulgados por Raul Jungmann estão pendentes de confirmação. A casa de câmbio Centaurus nega que tenha vendido dólares a Lorenzetti. Em contato com o blog, Aldo de Campos Costa, advogado de Lorenzetti, disse que "as ilações do deputado são absolutamente infundadas". Depois de contatar o seu cliente, Campos Costa disse que Lorenzetti reitera o depoimento que prestara à PF. Ou seja, não sabe de onde veio e não tem nada a ver com o dinheiro do dossiê.

Para o advogado de Lorenzetti, declarações de políticos sobre o dossiêgate devem ser vistas "com reservas", uma vez que são "pessoas interessadas em influir no andamento do processo eleitoral". Resta aguardar que a Polícia Federal diga se as suspeitas divulgadas por Jungmann são ou não procedentes.

Link para o Blog do Josias de Souza

Freudduto

CorreioWeb - 20/10/2006
CPI encontra dinheiro de Duda na conta de Freud Godoy

Um mês depois de ser acusado de participar da compra do dossiê contra o PSDB, o ex-assessor particular da Presidência da República Freud Godoy volta a assombrar o divã do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um relatório encaminhado por integrantes da CPI dos Sanguessugas à Polícia Federal mostra que duas empresas do marqueteiro de Lula, Duda Mendonça — a CEP Comunicação Ltda. e a Duda Associados — fizeram no período de janeiro de 2004 a março de 2005 quatro depósitos no valor total de R$ 29.347,00 na conta da Caso Sistemas de Segurança, empresa registrada na em nome de Simone Messeguer, mulher de Freud.
Segundo fontes do Banco Central e da Receita Federal, as operações são suspeitas porque toda a grana dos depósitos foi sacada na boca do caixa. As transações colocam o presidente no foco da crise iniciada dia 15 de setembro com a prisão de militantes envolvidos com a compra do dossiê contra tucanos. Até de ser demitido do cargo, Freud era responsável pela resolução dos problemas particulares de Lula, da primeira-dama Marisa Letícia e até dos filhos do casal. Integrantes da CPI dos Sanguessugas acreditam que a quebra do sigilo de Freud e das empresas poderá esclarecer se o dinheiro de Duda foi ou não usado para pagar despesas de familiares do presidente.
Se ficar configurado um duto ligando a conta bancária de Duda a de Freud e desta a gastos particulares da família presidencial, um novo e grande escândalo terá nascido por causa da história do dossiê. Isso porque a CPI dos Correios mapeou contas do publicitário em paraísos fiscais. Elas foram abastecidas com dinheiro frio. Um dos dados guardados no arquivo daquela comissão é um saque de US$ 5.329 na conta da Dusseldorf Ltde, empresa off-shore pertencente a Duda, sediada nas Bahamas, paraíso fiscal caribenho.

Freud e o Dossiê

O Globo - 20/20/2006
Petista confirmou que Freud mandou comprar o dossiê
- O petista Gedimar Passos reafirmou à Polícia Federal no dia 18 de setembro, três dias após ser preso com parte do R$ 1,7 milhão que seria usado para comprar o dossiê contra tucanos, que foi Freud Godoy, ex-assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quem lhe dera a missão de entregar o dinheiro ao chefe da máfia dos sanguessugas.
Ao ser acareado com Freud na PF, Gedimar inicialmente manteve a versão que apresentara no dia da prisão. Só depois que Freud negou envolvimento no escândalo, Gedimar pediu para manter-se em silêncio no restante da acareação.
Semana passada Gedimar voltou atrás e alegou ter sido pressionado por um delegado da PF a acusar Freud. A Justiça autorizou ontem a quebra do sigilo bancário de Freud. A PF suspeita que "uma pessoa conhecida", além dos sete petistas já identificados, possa ter participado da compra do dossiê.

Charge do Dia - Glauco


Folha de São Paulo - 20/10/2006

18 de out. de 2006

PT, bichos & cia



Dinheiro para dossiê veio do PT, indica relatório
Documento está entre as 500 páginas do inquérito sobre o dossiê Vedoin que foram enviadas pela polícia à CPI dos Sanguessugas
Sônia Filgueiras e Expedito Filho


BRASÍLIA - Entre as 500 páginas do inquérito sobre o dossiê Vedoin que foram obtidas pela CPI dos Sanguessugas, um documento chamou a atenção dos parlamentares. Em relatório sobre o caso que investiga, o delegado Diógenes Curado Filho afirma que tudo indica que o dinheiro apreendido com Gedimar Passos e Valdebran Padilha veio do Partido dos Trabalhadores.
Dessa forma, o delegado expõe a sua conclusão pessoal a respeito da origem do dinheiro que pagaria as acusações de envolvimento de candidatos tucanos com a máfia dos sanguessugas. Num documento assinado.

Evidências

A avaliação do delegado está amparada em uma série de evidências:
- o dinheiro, reais e dólares no valor total de R$ 1,75 milhão, estava em uma mala preta entregue por Hamilton Lacerda, coordenador-geral da campanha de Aloizio Mercadante ao governo paulista;
- quase todos os envolvidos na operação irregular são integrantes do comitê pela reeleição do presidente Lula, sendo que alguns chefiavam núcleos;
- o dossiê visava a prejudicar adversários do PT, como o ex-ministro José Serra e o ex-governador Geraldo Alckmin, que apareciam em fotos apreendidas.

Dinheiro ilícito

O presidente da CPI, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), que teve acesso aos documentos em Cuiabá e os levou a Brasília, foi o primeiro a reconhecer que se tratava de dinheiro ilícito, já que não aparece registrado em operações bancárias regulares. Biscaia visitou a PF e a Justiça Federal em Cuiabá, na segunda-feira, quando disse não ter dúvidas de que a origem do dinheiro era ilegal.
No caso dos US$ 248 mil apreendidos, a própria PF trabalha com a hipótese de que a quantia tenha sido levantada no mercado paralelo. Entre os reais arrecadados, há suspeita de que parte tenha sido amealhada por petistas junto à contravenção.
Dessa forma, a única conclusão construída a partir das investigações é de que o dinheiro é do PT.
Biscaia ainda considerou, após analisar o conteúdo dos documentos, afirmou que no dossiê não há nada que incrimine o ex-ministro da Saúde e governador eleito de São Paulo, José Serra.
Jogo do bicho

Daniel Lorenz, delegado-chefe da PF em Mato Grosso, confirmou que o jogo do bicho pode ter sido a fonte de parte do dinheiro. Otimista, ele informou que equipes federais realizam "ações intensas" fora de Mato Grosso. Contudo, não revelou em qual Estado a apuração se concentra.
Lorenz disse que houve um avanço no rastreamento da origem do dinheiro. "Houve basicamente a comprovação de uma tese", afirmou. Questionado se a tese à qual se referia aponta para a contravenção, foi categórico: "Não só isso, mas de várias teses. Estamos trabalhando com ações de inteligência."
O chefe da PF disse que "fontes humanas" estão contribuindo com a investigação. O delegado destacou que informantes "dão indicações bastante precisas".

Tiroteio Verbal


"Se o Lula for reeleito, o governo acaba antes de começar. "

Tarso Genro diz que Alckmin mostrou hoje seu "lado Pinochet"

Para Marta, pesquisa mostra "esfarelamento" da candidatura Alckmin

Tucano rebate Marta e diz que Alckmin vai ganhar na semana "decisiva"

Xuxu Amarelo

Terra Notícias - 16/10/1006
Para Mendonça, Alckmin "se acovardou" em privatizações


Responsável pelas maiores privatizações do País, o economista e ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros disse nesta quarta-feira que o candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) se acovardou diante da propaganda da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que um novo governo tucano retomaria a venda de estatais, como Banco do Brasil e Petrobras. Na linguagem ácida que costuma usar, Mendonça de Barros não poupou Alckmin nem a campanha do presidente-candidato Lula e afirmou que a estratégia do PT de vincular tucano a um projeto privatista teve ressonância no eleitorado.
"Cola, principalmente porque o Alckmin não soube lidar com isso", afirmou o economista, reclamando que o candidato deveria estar mais preparado para defender as privatizações feitas no governo Fernando Henrique Cardoso.
"Como o Alckmin não tem coragem de falar isso, de defender isso, prevalece o mal-estar. Por isso é que tem que contar a história verdadeira", afirmou Mendonça de Barros, para quem a venda da Petrobras continua um tema em aberto.
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quarta-feira, o candidato tucano chegou a afirmar que a desestatização foi "necessária" e "importante". Mas, para Mendonça de Barros, já é tarde.
"Acho que agora a coisa ficou confusa. Alckmin perdeu o momento dele, foi um erro, e agora não sei se recupera", disse.

Faltam os chefes da quadrilha!


Presos 12 acusados de golpe milionário no ICS

A Polícia Federal prendeu ontem 12 pessoas acusadas de dar golpe milionário nos cofres do Instituto Candango de Solidariedade. Entre elas estão o atual presidente do ICS, Lázaro Severo Rocha (E), e o antecessor, Ronan Batista de Souza (D), além de parentes, sócios e advogados dos dois. Um dos suspeitos de participar da fraude está foragido. Investigação feita por uma força-tarefa integrada pela PF, Receita e Ministério Público Federal descobriu que, nos últimos três anos, R$ 25,8 milhões repassados ao instituto pelo GDF e o Ministério da Saúde foram parar na conta de pessoas e empresas ligadas a Lázaro e Ronan. Os envolvidos no esquema vão responder por formação de quadrilha, desvio e lavagem de dinheiro.

Link para a reportagem completa: CorreioWeb

16 de out. de 2006

Burros e burrices

Lula diz que Berzoini caiu por não explicar quem fez a "burrice" do dossiê

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, afirmou nesta segunda-feira que Ricardo Berzoini foi afastado da coordenação de sua campanha justamente por não ter dado uma explicação para a tentativa de compra de um dossiê contra políticos tucanos por integrantes do partido.
"Chamei o presidente do partido e perguntei: 'eu quero saber quem fez essa burrice?' Porque foi de uma sandice inominável. Ele me disse que não sabia. Eu falei: 'Ricardo, você que é o presidente do partido tem obrigação de apresentar para a sociedade brasileira a resposta, Ricardo'. Ele não deu [a resposta]. Na quarta-feira, eu o afastei da coordenação da campanha", disse Lula em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, que vai ao ar na noite desta segunda-feira.
Segundo Lula, a ordem dada por ele às instituições é para não deixar "pedra sobre pedra" na investigação sobre o episódio. "A ordem dada à Polícia Federal é que não deixe pedra sobre pedra. Pode demorar um dia, um mês, um ano, mas que nós vamos descobrir nós vamos", afirmou Lula.
Lula voltou a afirmar que quer saber quem é o "arquiteto desse plano" e que ele foi o único prejudicado com a tentativa de compra do dossiê.Questionado sobre as medidas que tomou, Lula disse que fez o que estava a seu alcance, uma vez que o caso "saiu do âmbito do poder Executivo"."Graças a Deus, o método rápido das pessoas contarem as coisas acabou [no Brasil]", disse Lula, em referência ao período de ditadura militar.

Do ex-Blog do César Maia


FREUD EM APUROS: O PLANALTO TREME!
Correio Brazilense

O Correio revelou a existência de uma empresa — a Caso Comércio e Serviços Ltda — cujo 95% do capital está nas mãos do segurança. Até então, só era conhecida a Caso Serviços de Segurança, registrada em nome da mulher de Freud, Simone Messenger. As duas firmas atuam complementando-se, uma (a de Simone) cuida da parte operacional, a outra (a de Freud), da financeira e empresarial.
Mais que isso, também em reportagem do Correio, veio á tona a informação de que o Coaf encontrou uma operação atípica vinculada ao CPF 136.070.188-55. O contribuinte registrado com esse número realizou um depósito em dinheiro vivo de R$ 150 mil na conta da Caso Serviços de Segurança, no dia 24 de março passado. O dono do documento é Freud e a operação causa estranheza porque na época em que ocorreu ele tinha como única fonte de renda declarada o cargo de assessor especial da Presidência, com proventos de R$ 6.650,00.

Traição aos trabalhadores à vista!

Blog do Josias de Souza 16/10/2006
Lula tem agenda secreta de cortes e reformas azedas

Favorito na corrida presidencial, Lula mantém em segredo um lote de providências e planos que seus ministros e auxiliares consideram incontornáveis num eventual segundo mandato. São temas que, por impopulares, não freqüentam os palanques e a propaganda eletrônica do candidato. A agenda secreta de Lula inclui cortes nos gastos públicos e o envio ao Congresso de propostas de reforma da Previdência e da legislação trabalhista.
O blog conversou com dois ministros de Lula a respeito dos temas que vêm sendo escamoteados na campanha eleitoral. Falaram sob a condição do anonimato. Disseram que, internamente, as providências vêm sendo consideradas há meses. Os cortes no orçamento público são vistos como inevitáveis no próximo ano.

As mudanças na Previdência e nas leis que regem as relações entre empregadores e empregados compõem o que o governo chama de “novo ciclo de reformas”. Reformas que, a depender da vontade de Lula, serão negociadas num amplo entendimento com os partidos de oposição.

Um dos ministros informou que os cortes de gastos são necessários inclusive para compensar novas despesas que foram criadas neste ano eleitoral. Só no primeiro semestre, informou o auxiliar do presidente, as despesas do governo cresceram 14%. Acima da arrecadação de tributos, que aumentou 11%.

A defasagem entre os dois percentuais fez cair de 4,18% do PIB para 3,87% o superávit primário, a economia que o governo é obrigado a fazer para pagar a dívida pública. “Os cortes são inevitáveis para que a gente possa aumentar os investimentos em infra-estrutura sem comprometer o equilíbrio fiscal”, disse o auxiliar de Lula. “São necessários também para que se possa manter o pagamento de benefícios sociais como o Bolsa Família, dos quais o presidente não abre mão.”

Quanto às reformas, o seu formato final ainda não foi fechado. Há detalhes sobre os quais ainda não há consenso. Alguns deles, se explicitados publicamente, decerto afugentariam eleitores. Na discussão previdenciária, por exemplo, desde a hipótese de fixação de uma idade mínima para a aposentadoria dos trabalhadores da iniciativa privada e até a reformulação do sistema de benefícios do setor público.

Pelas regras atuais, só se exige idade mínima para a concessão de aposentadorias dos servidores públicos: 60 anos para os homens e 55 anos para as mulheres. Do trabalhador do setor privado, exige-se apenas um tempo mínimo de contribuição: 35 anos para os homens e 30 anos para as mulheres.

A reforma trabalhista inclui aspectos ainda mais controversos. Um dos ministros que conversaram com o blog disse que há concordância no governo em relação à tese de que é necessário diminuir a informalidade no emprego.

A divergência surge no instante em que o debate avança para a forma de estimular o incremento dos contratos com carteira assinada. Parte da equipe econômica de Lula acha que basta “desonerar” a folha de salários, eliminando taxas e contribuições exigidas do empregador. Outra parte da equipe defende a “flexibilização” de direitos trabalhistas. Mesmo falando em reserva, o ministro esquivou-se de dizer que tipo de benefício os advogados da tesoura avaliam que poderia ser cortado.

Charge do Dia II - Glauco

Charge do Dia - Glauco

15 de out. de 2006

Do Blog do Josias de Souza

‘Aloprados’ do dossiêgate podem ficar impunes

A Polícia Federal e o Ministério Público reconhecem sob reserva que todos os petistas envolvidos no dossiêgate podem sair ilesos do episódio se a investigação não conseguir comprovar a origem ilegal do dinheiro que seria usado na operação. Não há no código penal nenhum artigo que tipifique como ilegal a compra de documentos. Tampouco há lei prevendo punição para pessoas pilhadas com R$ 1,7 milhão de provedor desconhecido.

Mesmo para enquadrar os envolvidos no Código Eleitoral, seria necessário demonstrar que o dinheiro saiu de alguma arca clandestina do PT ou do caixa de candidatos do partido. Algo que a Polícia Federal está longe de provar. O elo mais próximo do dinheiro com o PT é um lote de fitas de vídeo. As imagens mostram o petista Hamilton Lacerda, ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante, entrando no Hotel Íbis, onde o dinheiro foi apreendido, com valises que, supõe a PF, estavam recheadas de reais e dólares.

Hamilton, porém, negou em depoimento que houvesse levado os recursos para Gedimar Passos, o ex-agente da PF que prestava serviços ao PT na noite de 15 de setembro, quando foi flagrado com os maços. Cabe à polícia provar que o assessor de Mercadante está mentindo. O que só será possível se o rastreamento das transações financerias ou das ligações telefônicas revelar as digitais de Hamilton em algum saque ou em contatos com doleiros e casas de câmbio.

Os investigadores estão convencidos de que o deputado Ricardo Berzoini, presidente licenciado do PT, conhece todos os meandros do dossiêgate, inclusive a origem do dinheiro. Numa primeira análise dos dados telefônicos, verificou-se que protagonistas do caso discaram para Berzoini no período em que a compra do dossiê antitucanos foi negociada. Berzoini será inquirido na terça-feira. Mas o conteúdo de seu depoimento já é conhecido.

14 de out. de 2006

Servidor é sempre o palhaço


Reajustes mais modestos

Coordenador da campanha do PT afirma que aumentos para servidores serão menores em eventual segundo mandato de Lula

Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva for reeleito, a administração pública passará por uma “política gradual de corte nos gastos públicos”. A informação foi dada ontem pelo coordenador nacional da campanha de Lula, Marco Aurélio Garcia, em respostas às críticas da oposição de que o atual governo elevou as despesas com a máquina pública e que pode comprometer o ajuste fiscal necessário para a queda nas taxas de juros e o crescimento econômico.
Entre as medidas a serem adotadas a partir de 2007 está a redução no ritmo dos reajustes de salários do funcionalismo. A recuperação dos ganhos das principais categorias já aconteceu nos primeiros quatro anos do governo Lula. “Os aumentos para servidores públicos devem ocorrer num ritmo mais lento do que na gestão atual. Nós não vamos mais precisar dar esses pinotes que foram necessários para atender à qualidade do funcionalismo público”, explicou. Garcia espera que, com a economia estabilizada e as reposições salariais das principais categorias típicas de Estado já feitas pelo governo “as categorias passarão a ter aumentos normais” de salários. O coordenador da campanha petista tratou do assunto em resposta aos economistas da oposição que criticam a elevação nos gastos com a máquina administrativa pelo governo Lula, principalmente com a contratação de novos funcionários e a elevação de seus salários. Segundo Garcia, os aumentos salariais já concedidos ajudaram a melhorar a prestação dos serviços públicos. “Os reajustes concedidos faziam parte de um plano de reestruturação das carreiras de 1,7 milhão dos 2 milhões de servidores públicos brasileiros – entre ativos, inativos, civis e militares”, disse o coordenador.

Charge do Dia 1 - Paixão



Esta charge do Paixão foi feita originalmente para o GAZETA DO POVO
 
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