Fragmentos: Dentro da noite veloz - Ferreira Gullar

A vida muda como a cor dos frutos lentamente e para sempre. A vida muda como a flor em fruto velozmente.
A vida muda como a água em folhas o sonho em luz elétrica a rosa desembrulha do carbono o pássaro da boca mas quando for tempo.
E é tempo todo o tempo mas não basta um século para fazer a pétala que um só minuto faz ou não mas a vida muda a vida muda o morto em multidão.


1 de nov. de 2006

Quem te viu e quem te vê ou O teu passado não mais te condena

Do Blog do Noblat - 1º/11/2006
A um passo da reabilitação

Certo dia, quando Delfim Neto ainda era o todo-poderoso xerife da economia durante o regime militar inaugurado em 1964, o então líder sindical Djalma Bom, da turma de Lula em São Bernardo do Campo, saiu-se com esta diante de uma assembléia de operários:

- Aquele gordinho sinistro diz que a gente é comunista. Mas vocês sabem quem é comunista? Comunista é ele.

Foi delirantemente aplaudido.

Delfim está a um passo de ser reabilitado por aqueles que o chamaram no passado de cérebro da direita, comunista e outras cositas mais.

Sob o manto do PP de Paulo Maluf, ele sempre se elegeu deputado federal por São Paulo.
Até que teve a má idéia de se mudar para o PMDB - e acabou derrotado na última eleição.

Djalma Bom já o perdoou. E Lula não o deixará na mão.

No momento, Delfim está mais cotado para o cargo de assessor especial de Lula do que de ministro.

Mas poderá emplacar como ministro da Agricultura, sim.

Ele e o ex-ministro Antonio Palocci funcionam como conselheiros informais de Lula em matéria de política econômica.

Palocci conta a Lula o que ouve por aí entre empresários e banqueiros. Delfim formula idéias.

Link para o Blog do Noblat

PF investiga Caixa 1. E o Caixa 2?


PF devassa campanhas

Doadores de Lula e Mercadante serão investigados pela polícia, que procura origem do dinheiro para dossiê contra tucanos


A Polícia Federal investigará a movimentação financeira de doadores de campanha do PT atrás de pistas sobre a origem do dinheiro que seria usado por petistas para a compra do dossiê contra os tucanos. Os policiais querem identificar se, em nome dos financiadores de candidatos da legenda, existem transações atípicas de onde possam ter saído os recursos — ou parte deles — para bancar o material que comprometesse integrantes do PSDB com a máfia dos sanguessugas.
A nova frente de apuração se concentrará nos doadores de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do senador Aloizio Mercadante, candidato derrotado ao governo de São Paulo. Até agora, os envolvidos com a negociação do dossiê eram ligados ao comitê de um e do outro. Trabalhavam para Lula Jorge Lorenzetti, encarregado de coordenar o núcleo de análise de risco e mídia do comitê; Osvaldo Bargas, ex-secretário-executivo do Ministério do Trabalho e que ajudou a escrever o programa de governo do presidente reeleito; e Expedito Veloso, também envolvido na campanha. No caso de Aloizio Mercadante, quem se envolveu no episódio foi Hamilton Lacerda, seu ex-coordenador de comunicação. A polícia apontou Lacerda como o “homem da mala”, suspeito de ter entregue a Valdebran Padilha e Gedimar Passos o dinheiro que seria repassado ao empresário Luiz Antônio Vedoin em troca do dossiê. Os dois foram flagrados pela PF em um hotel da capital paulista, no dia 15 de setembro, com cerca de R$ 1,75 milhão (R$ 1,1 milhão e US$ 248,8 mil).
A PF terá acesso, a partir de hoje, à lista de doadores de campanhas petistas. É que venceu ontem o prazo para que os candidatos que concorreram apenas no primeiro turno, caso do senador Aloizio Mercadante, apresentassem aos tribunais regionais eleitorais nos estados a prestação de contas, com a indicação de contribuintes e respectivos valores. Os dados são públicos. O comitê do presidente Lula terá até o dia 29 para entregar à Justiça Eleitoral o balanço entre receitas e despesas.

Dinossauros atacam novamente

Folha de São Paulo - 01/11/2006
PF intimidou jornalistas, diz revista "Veja"

Publicação vê abusos e distorções em depoimento de profissionais na sede da polícia, que nega qualquer irregularidade

Repórteres foram inquiridos pelo delegado do caso sobre as vinculações partidárias e o posicionamento político da revista e de seus editores

Após o presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva ter afirmado que pretende mudar seu relacionamento com a imprensa, três repórteres da revista "Veja" afirmaram ontem terem sido intimidados, pressionados e constrangidos pelo delegado da PF paulista Moysés Eduardo Ferreira. Chamados a depor na condição de testemunhas, como autores de uma reportagem sobre supostas ilegalidades cometidas por policiais federais, tiveram de responder sobre o posicionamento político da revista e supostas filiações partidárias. Os depoimentos ocorreram um dia depois de jornalistas terem sido hostilizados por militantes petistas em Brasília, na chegada do presidente ao Palácio da Alvorada. O presidente nacional do PT, Marco Aurélio Garcia, ao comentar o episódio, disse que a imprensa deveria fazer uma "auto-reflexão" sobre a forma com que havia noticiado o escândalo do mensalão. Após o segundo turno, Lula falou mais de uma vez que pretende melhorar seu relacionamento com os jornalistas.

Link para a reportagem completa: Assinantes da Folha de São Paulo
 
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