Fragmentos: Dentro da noite veloz - Ferreira Gullar

A vida muda como a cor dos frutos lentamente e para sempre. A vida muda como a flor em fruto velozmente.
A vida muda como a água em folhas o sonho em luz elétrica a rosa desembrulha do carbono o pássaro da boca mas quando for tempo.
E é tempo todo o tempo mas não basta um século para fazer a pétala que um só minuto faz ou não mas a vida muda a vida muda o morto em multidão.


27 de out. de 2006

Charges do Dia - Charges Online

Esta charge do Regi foi feita originalmente para o Correio Amazonense






Esta charge do Heringer foi feita originalmente para o Charge Online





Esta charge do Nani foi feita originalmente para o JB Online



Esta charge do Dálcio foi feita originalmente para o Correio Popular

Aparecem aloprados do PSDB

Blog do Josias de Souza
PF desmascara falsa testemunha no dossiêgate

Agnaldo Henrique Lima, um padeiro apresentado ontem como o “laranja” que teria levado R$ 250 mil para o petista Hamilton Lacerda, foi desmascarado pela Polícia Federal nesta sexta. Descobriu-se que ele prestou falso testemunho. Será indiciado por “falsidade ideológica”.
Antes de ser contatado pela PF, o falso “laranja” havia procurado jornais da região de Pouso Alegre, em Minas Gerais. Chegou a gravar entrevistas afirmando que teria levado dinheiro para Lacerda, ex-assessor de Comunicação da campanha de Aloizio Mercadante, candidato derrotado ao governo de São Paulo.
Interrogado, o sujeito disse que recebera um depósito de R$ 80 mil em sua conta bancária. Depois, teria recebido mais 170 mil reais de seu patrão, Luiz Silvestre. De acordo com a sua versão, agora desmontada, ele havia juntado todo o dinheiro e rumado para São Paulo, para encontrar Hamilton Lacerda.
A PF verificou que a alegada movimentação financeria do denunciante não batia com os dados disponíveis no banco. Descobriu-se, de resto, a presença de uma tucana na tuba. A PF informa que o falso denunciante foi levado à mídia mineira por Rosely Souza Pantaleão. Vem a ser secretária-executiva do PSDB local. A moça alega que, assim como a PF, também ela foi enganada por Agnaldo Henrique. Huuuummmm! Então, tá!

Do Blog do Claúdio Humberto

Extra! Extra!

Cartilhas: Lula é réu em ação popular

O juiz Marcos Augusto de Sousa, da 2ª Vara Federal, de Brasília, determinou nesta quinta-feira a citação do presidente Lula e de mais 20 pessoas e empresas acusadas, em ação popular, pelo desvio de R$ 12,5 milhões das cartilhas da Secretaria de Comunicação da que nem sequer teriam sido impressas.
A citação será feita por Oficial de Justiça ou por cartas precatórias, dependendo do caso. O autor é Vinícius Rodrigues Bijos e o advogado é seu pai, Jairo Rodrigues Bijos, residentes em Taguatinga (DF). A ação popular pede também a “declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio”, revogação e anulação de ato administrativo e a nulidade dos contratos referentes às tais cartilhas.
Além de Lula, são processados na Justiça Federal o ex-ministro Luiz Gushiken (Secom), doze funcionários do governo Lula, as agências de propaganda Matisse e Duda Mendonça, as empresas Web Editora Ltda, Editora Gráficos Burti Ltda, Pancrom Indústria Gráfica Ltda, Kriativa Gráfica e Editora Ltda, Takano Editora Gráfica Ltda, além de Cid Marques Faria.

Quadrilha S/A

Folha de São Paulo - 27/10/2006
Painel

Renata Lo Prete - painel@uol.com.br

Sociedade anônima

O Planalto e a Polícia Federal já sabem que a trama abortada quando foram presos os dois petistas com R$ 1,7 milhão para comprar o dossiê contra José Serra não envolveu apenas os "aloprados" já conhecidos do público.
Semanas antes do flagrante em São Paulo, houve reunião com mais de 20 pessoas para tratar do assunto em Brasília, aponta a investigação.Em busca da origem do dinheiro, a PF segue ainda outras pistas: ao menos parte dele teria vindo de "caixa próprio" do grupo chefiado pelo churrasqueiro Jorge Lorenzetti. "Há um braço financeiro na operação, que tinha caixa angariado junto a sindicatos e outras entidades", diz um envolvido na investigaç

Chager do Dia - Angeli

Folha de São Paulo - 27/10/2006

Luis Bafo-deOnça


Folha de São Paulo - 27/10/2006
NELSON MOTTA

O bafo da onça


"Os companheiros", um belo filme de Mario Monicelli, levava as platéias ao delírio nos breves e turbulentos anos Jango, às vésperas do golpe de 64. Era um drama em estilo semidocumental sobre uma greve heróica dos primeiros sindicalistas italianos, no tempo da jornada de 16 horas. Vivido pelo jovem Marcello Mastroianni, o líder sindical era arrebatador: o público saía do cinema pronto a pegar em armas e marchar sobre a burguesia opressora. A rapaziada assistia diversas vezes, aplaudia entusiasticamente no final, jurava solidariedade eterna à classe operária.
Na mesma época, meu tio era procurador da Justiça do Trabalho e tinha entre suas funções representar o Ministério do Trabalho em eleições sindicais. De padeiros e pedreiros, de bancários e barbeiros. E sempre voltava com histórias sensacionais das brigas, dos golpes e tramóias, era puro faroeste. Uma vez contou, às gargalhadas, que a eleição tinha sido anulada porque, para evitar a derrota, os comunistas (ou a direita) tinham cortado a luz e fugido com a urna.
O maior valor de um sindicalista que mereça o respeito e a confiança dos companheiros que o elegeram é sua capacidade de conquistar, no papo ou no grito, o melhor para sua categoria. Lula é o maior de todos eles, virou um mito, chegou a presidente da República. Mas, primeiro, aprendeu a ganhar as ferozes eleições no sindicato, onde a onça bebe água e luta com unhas e dentes pelo poder e pela ascensão social.
É nessa dura escola que se formou e cresceu a elite sindical lulo-petista que está no governo. Talvez por isso trabalhem tanto pelos companheiros, a central e o partido -e tão pouco pelo país e pelos contribuintes que lhes pagam os salários. Nesse filme, Mastroianni é Lorenzetti.



Link para Folha de São Paulo: Assinantes

26 de out. de 2006

Vão-se os anéis, para salvar os dedos!


Uma investigação paralela ordenada por Lula sobre a compra do dossiê contra José Serra (PSDB) identifica Ricardo Berzoini, ex-presidente do PT e ex-coordenador da campanha à reeleição, como responsável pela operação desastrosa, inclusive pela arrecadação dos recursos utilizados – R$ 1,7 milhão, e reconhece que o dinheiro era de caixa-dois.

Na avaliação de Lula, informa o Blog da Revista Época, Berzoini sabia que seus assessores Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti negociavam o dossiê com a família Vedoin desde o início de agosto. Quando Luiz Antônio Vedoin estabeleceu os R$ 2 milhões como preço do material que comprometeria Serra, Bargas e Lorenzetti consultaram Berzoini. O ex-presidente do PT teria autorizado o recolhimento do dinheiro.

Lula foi informado das prisões de Gedimar Passos e Valdebran Padilha pela Polícia Federal às 13h da sexta-feira, 15 de setembro. Teria dito:

- P... De novo, não! -, lembrando o escândalo do delubioduto.

Na avaliação de dois ministros ouvidos pela revista, a candidatura de Lula não sofrerá revés por conta do escândalo, porque o dinheiro irregular não necessariamente foi entregue à campanha de Lula. Leia mais no site da Revista Época.

E o pagamento será feito em 4 anos!

Correio Braziliense 26/10/2006
Nadando em dinheiro

TSE autoriza Candidatos a presidente a aumentar teto de despesas nas campanhas. Juntos, os dois podem gastar até R$ 210 milhões


As novas regras previstas pela minirreforma eleitoral para baratear as campanhas presidenciais, como a proibição de brindes, outdoors e showmícios, parecem não ter surtido muito efeito na corrida ao Planalto. Tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, quanto o candidato tucano, Geraldo Alckmin, conseguiram autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para elevarem as previsões de gasto máximo de suas campanhas por causa do segundo turno.
Com a decisão, Lula pode gastar até R$ 115 milhões — R$ 26 milhões a mais do que tinha previsto no primeiro turno. Já Alckmin elevou de R$ 85 milhões para R$ 95 milhões o limite máximo para suas despesas. Juntos chegam à marca milionária de R$ 210 milhões. Caso utilizem todo esse dinheiro, será a campanha mais cara dos últimos tempos. As quantias são muito superiores às declaradas em 2002.
Na ocasião, Lula estipulou um limite de gastos de R$ 36 milhões no primeiro turno. No segundo turno, conseguiu também a autorização do TSE para que o valor fosse alterado para R$ 48 milhões. Na hora de prestar contas, o PT disse ter gasto cerca de R$ 39 milhões. A campanha tucana à Presidência daquele ano estimou um teto bem mais alto, de R$ 60 milhões, e declarou ter gasto R$ 5 milhões a menos que seu concorrente. Se a comparação for com a eleição de 1998, a distância é ainda maior: Lula estimou em R$ 15 milhões o limite de despesas e gastou R$ 3,9 milhões. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que na época brigava pela reeleição, pretendeu gastar até R$ 73 milhões, e prestou contas de R$ 45,9 milhões.

Golpismo 2

Folha de São Paulo - 26/10/2006
JANIO DE FREITAS

O vício resiste

Nas circunstâncias atuais, a pretensão de impeachment de Lula disfarça mal a idéia de um golpe branco

A SIMULTANEIDADE de eleição presidencial e caso dossiê trouxe de volta uma idéia que muitos diziam para sempre extinta na vida política brasileira. Não importa que esteja restrita a uma parte das eminências do PSDB, como a um pequeno grupo pefelista, e aparentemente a um ou outro meio de comunicação. Nem faz diferença que se apresente como um recurso de ordem judicial, amparado em preceitos legais.
Nas circunstâncias em que se apresenta, a pretensão de impeachment de Lula, mesmo no decorrer do previsto segundo mandato, disfarça mal a idéia de um golpe branco.É possível argumentar que as ações judiciais já entradas contra Lula nasceram das ocorrências do dossiê, e não do propósito de afastá-lo da Presidência. Os contra-argumentos não são escassos. A começar de que a idéia de impeachment emergiu, inclusive publicamente, antes de haver qualquer indício de comprometimento direto de Lula ou mesmo indireto, do seu gabinete, na história ainda inconvincente do dossiê.
O que Tasso Jereissati, Jorge Bornhausen, Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Alckmin apresentam como comprometimento são adulterações de certos fatos ou ficções de sua autoria. Como dizer, por exemplo, que se "o chefe-de-gabinete da Presidência telefonou a Jorge Lorenzetti para saber de informações, Lula sabia de tudo" (Tasso Jereissati, mas não só ele). Se ligou para saber do que se tratava, até prova em contrário, é porque nenhum dos dois sabia. O comprometimento de Lula, ou de alguém que o comprometa de fato, é possível como tantas outras possibilidades, inclusive a armação de oposicionistas, mas nada fundamentou tal hipótese, até agora. Fatos por fatos, a armação até se aparenta menos aérea.
No Estado de Israel, o presidente está em processo criminal, sob a acusação de violentar uma mulher e importunar, com propósito semelhante, outras nove ou dez. O primeiro-ministro Ehud Olmert, notabilizado pela investida militar no Líbano, está sob a acusação de colaborar para atos de corrupção. Nos Estados Unidos, é notório o envolvimento do vice-presidente Dick Chenney, acobertado por Bush, com empresas postas sob graves acusações de desvios que chegariam a US$ 1 bi, no Iraque. Todos esses casos levam, nos seus países, a falar de investigação (muito mais em Israel do que nos EUA) e, se couber, julgamentos judiciais. Em nenhum há ação judicial com objetivo de impeachment.
Por que, no Brasil, antes mesmo que a investigação ao menos progrida um pouco, e se livre de seus aspectos estranhos, políticos com grandes responsabilidades adotam, afoitos, a idéia e os passos iniciais para impeachment? Por que, se a essência desse movimento não se confundir com a idéia de golpe branco?"Lula não pode sair incólume dessa fraude", pregava anteontem o senador Tasso. "Não sair incólume" é uma expressão que não permite duas interpretações. No caso de um candidato à reeleição, é que não possa chegar ao segundo mandato. No caso de presidente eleito ou reeleito, a única maneira de "não sair incólume" é perder a Presidência.Pelo que se sabe do caso dossiê, a idéia de impeachment (ou de invalidação da candidatura) fica entre os desatinos. Mas revela bastante. Ou confirma.


Charge do Dia - Jean

Folha de São Paulo - 26/10/2006


Clóvis Rossi

Folha de São Paulo - 26/10/2006
CLÓVIS ROSSI

"Golpismo", falso e verdadeiro

É emblemática, do ponto de vista do baixo respeito às regras no Brasil, a aceitação da tese de "golpismo", esgrimida pelo PT em relação à investigação do escândalo do dossiê, em curso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"Golpismo" seria o inverso, ou seja, aceitar a idéia de que algumas pessoas (no caso, o presidente da República) estão acima da lei. Louve-se, a propósito, o presidente Lula, que, na sabatina com a Folha, não encampou a tese do "golpismo" ao dizer que, se crime houve, ele tem de pagar.Prosseguir na investigação e fazê-la com rigor, seja qual for o resultado de domingo, é a única chance de o Brasil demonstrar que não é uma republiqueta, ao contrário do que indica a catarata de escândalos sem punições que escorre dos cumes do poder desde tempos imemoriais e que o lulo-petismo manteve nas alturas.
Que a decisão do TSE será política não há a menor dúvida. Sempre é assim em casos que envolvem a disputa política, com perdão pela obviedade, infelizmente necessária em um país em que até o óbvio é objeto de caixa dois. Posso até apostar que a decisão do TSE será favorável a Lula, mesmo que se comprove que o dinheiro para a operação dossiê saiu do comitê de campanha, do PT ou até de empresas públicas. Nesse caso, a lei eleitoral determina a impugnação da candidatura.
Mas o TSE não pode desconhecer um argumento, que não é juridicamente perfeito, mas é factualmente correto: a vitória de Lula não será devida ao caso do dossiê. Portanto, impugnar a candidatura seria desconhecer a vontade do eleitorado, manifestada mesmo depois de dada toda a devida e necessária divulgação ao escândalo. Não é argumento juridicamente válido, porque as urnas só registram o voto, não o motivo dele. Mas é bom senso, sem "golpismo" de um lado ou do outro.

25 de out. de 2006

Maldades



Quem pode confiar em um candidato que tenta esconder a careca de forma tão tosca!


Maldades e Bondades

Do Blog do Josias de Souza - 25/10/2006


Em onze de cada dez discursos que pronuncia, Lula diz que “a elite desse país” destila preconceito contra ele. Atribui à aversão por sua "origem humilde" a tentativa da “direita” política, associada ao que denomina “mídia conservadora”, de caracterizar a sua gestão como um mar de escândalos.

O presidente-candidato erra na causa. Impossível ignorar as ondas de malfeitorias que banham a soleira da porta de seu gabinete. Mas Lula acerta no efeito. São inegáveis os traços de intolerância de parte da sociedade contra a figura do ex-operário.

Um dia depois de o TSE ter proibido a distribuição de adesivos que faziam alusão a uma deficiência física do presidente –a mão de quatro dedos, reflexo de um mindinho decepado numa presa dos tempos de metalúrgico—, um novo adesivo preconceituoso passou a circular pelas principais capitais do país.

A peça faz referência aos supostos hábitos etílicos do presidente. Lula jamais negou que tenha apreço pela cachaça. Sabatinado pela Folha na semana passada, disse, porém, que ninguém jamais o viu embriagado. O que é um fato. Ao menos nos seus quase quatro anos de mandato.
Os adversários de Lula têm munição de sobra para estabelecer com ele o contraditório indispensável a uma campanha eleitoral. Ao apelar para golpes abaixo da linha da cintura, apenas fornecem munição ao adversário. Que não se queixem, pois, quando ouvirem Lula acusá-los de preconceituosos.

Link para o Blog do Josias de Souza


Agência Carta Maior

Agência Carta Maior - 25/10/2006
Por que Lula dispara?

Se nenhum cataclismo ocorrer até domingo, Lula baterá Alckmin por mais de 22 pontos de diferença. Por que um candidato dado como quase derrotado pela imprensa há 3 semanas subiu tão rapidamente? A resposta pode estar à esquerda...


Na noite de terça-feira (24), o Datafolha divulgou dois números definitivos: Lula 61%, Alckmin 39%. Com 22 pontos percentuais de diferença entre os candidatos, tendendo a aumentar, a peleja está decidida, caso céus e terras não se movam (no Brasil, tudo pode acontecer, inclusive nada, como lembrava o Barão de Itararé).
Colunistas da grande imprensa, que não esconderam suas preferências para com o candidato tucano, jogaram a toalha nos últimos dias. Até mesmo Arnaldo Jabor, o “rebelde a favor”, na definição do cartunista Jaguar, sentenciou: “Dia 29, Lula deverá ser reeleito. Favas contadas”.
Qual o mistério de um candidato que, mesmo tendo alcançado 48,7% no primeiro turno, era apresentado em 2 de outubro como virtual derrotado? Qual o segredo destas eleições, cuja grande surpresa foi não haver surpresas? Cuja grande virada, como muitos esperavam, foi não ter havido virada alguma? O terreno da política Longos debates se seguirão ao 29 de outubro para se avaliar o ocorrido.
Mas a mudança tática feita pelo candidato petista nas últimas semanas é digna de nota. A disputa realizada até 1º. de outubro, pautada pela marquetagem e por querelas para se saber se teríamos “choque de gestão” ou “choque de ética” mudou de patamar. Adentramos agora o sacrossanto terreno da política, o que é uma bênção para o país. Lula conseguiu mudar a lógica do moralismo duvidoso de Geraldo Alckmin – o mesmo que bloqueou 69 CPIs na Assembléia Legislativa de São Paulo – através do questionamento das privatizações da era tucana. Ao invés do campeonato para ver quem é mais ladrão, algo de responsabilidade do Ministério Público, da Polícia Federal e da Justiça -, tivemos o início de um enfrentamento sobre concepções de Estado e da esfera pública.
Não é pouco, não é pouco! Tudo indica que Lula cresceu por mover-se para a esquerda, por colocar mais claramente que não tentará esmagar aspirações justas dos países vizinhos, como a Bolívia, por declarar não baixar a cabeça para os Estados Unidos e por se colocar ao lado dos que lutam por mais Justiça. Pode ser que o segundo mandato não materialize estas premissas, caso não haja muita pressão a partir de baixo. Mas elas estão plasmadas na consciência popular. Lula cresce entre os eleitores de Heloísa Helena, entre os que desejam um governo melhor que o atual. E Alckmin cai por aparecer como um produto das elites endinheiradas. O corte de classe indicado pelas pesquisas é algo inédito na cena brasileira. É bom Lula olhar com carinho para isso. Resta saber se ele estará à altura desse desafio num possível segundo mandato. Repetindo: se nenhum cataclismo acontecer até domingo...

Link para Agência Carta Maior

Doláres voadores

Correio Brazilense 25/10/2006
O vôo dos R$ 1,7 milhão


PF investiga se petistas transportaram o dinheiro para compra do dossiê em um avião de Nova Iguaçu a São Paulo

A Polícia Federal investiga a utilização de aviões de pequeno porte no escândalo do dossiê. Um deles teria sido alugado para transportar o dinheiro arrecadado por petistas na Baixada Fluminense para a compra do dossiê contra tucanos do Rio de Janeiro para São Paulo. A aeronave teria partido de uma pista de decolagem em Nova Iguaçu, endereço da Vicatur Câmbio e Turismo Ltda., e pousado no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo. A PF suspeita que veio da Vicatur a maior parte dos US$ 248,8 mil que seriam usados na negociação.
Os responsáveis pelo inquérito também apuram uma informação de que o empreiteiro Abel Pereira, amigo e ex-assessor do tucano Barjas Negri, sucessor de José Serra no Ministério da Saúde, estaria providenciando o aluguel de um avião também em Campo de Marte para levar a Cuiabá o dinheiro que seria usado para “comprar” o silêncio de Luiz Antônio Vedoin. O sócio da Planam negociava com os petistas as informações que comprometeriam os tucanos com a máfia dos sanguessugas. No caso do avião que teria atendido os petistas, a PF tenta confirmar há pelo menos uma semana detalhes sobre a realização do vôo. Ela persegue uma denúncia de que a aeronave de pequeno porte fez a viagem, com três pessoas à bordo, três dias antes da apreensão dos R$ 1,75 milhão em poder de Valdebran Padilha e Gedimar Passos.
Um dos policiais envolvidos na investigação disse ontem ao Correio, em Cuiabá, que eles investigam três possíveis passageiros: o próprio Gedimar, o empresário Fernando Ribas, dono da Vicatur, e Hamilton Lacerda, apontado como o “homem da mala”. A suspeita de que um avião de pequeno porte foi alugado para transferir do Rio para São Paulo parte do dinheiro que seria usado na transação do dossiê ganhou força por causa das revelações dos últimos dias. Primeiro, a polícia levantou indícios de que R$ 5 mil dos R$ 1,1 milhão que estavam com Valdebran e Gedimar passaram por bancas do jogo do bicho em Caxias e Campo Grande, ambos na Baixada Fluminense. No último fim de semana, surgiu a informação de que uma parte significativa dos dólares teriam sido adquiridos na Vicatur, uma casa de câmbio com sede em Nova Iguaçu.

Veneno do dia - Cláudio Humberto

Blog do Cláudio Humberto 25/10/2006
Lei Pinóquio


A Bahia ganha um novo jurista: o governador eleito Jaques Wagner, para quem réus petistas têm o direito de mentir. É a lei Pinóquio, artigo 171.






Link para o blog do Cláudio Humberto

24 de out. de 2006

Charge do Dia - Sinfrônio















Laranja dos Aloprados

Correio Brazilense - 24/09/2006









PF no rastro de “laranjas”



Polícia identifica pessoas que podem ter sacado parte dos dólares apreendidos com petistas e já tenta hoje colher depoimentos


A Polícia Federal identificou um grupo de “laranjas” no caminho dos US$ 248,8 mil que seriam usados por petistas na compra do dossiê contra tucanos. Eles pertenceriam a uma mesma família, de origem humilde, e tiveram seus nomes incluídos na transação para encobrir o verdadeiro financiador dos dólares. E moram no subúrbio do Rio de Janeiro, região onde também fica a Vicatur Câmbio e Turismo Ltda, a agência de turismo de Nova Iguaçu de onde teria saído a maior parte dos recursos em moeda americana encontrados em poder dos petistas Valdebran Padilha e Gedimar Passos.
No total, a dupla foi presa com R$ 1,75 milhão num hotel de São Paulo no dia 15 de setembro. Ao analisar mais de 200 mil operações realizadas entre agosto e setembro em 30 casas de câmbio e agências de turismo no Rio, São Paulo e Florianópolis, a polícia identificou uma série de irregularidades. Foi possível identificar, em alguns casos, que seus clientes eram na verdade pessoas humildes que alugam seus CPFs para que terceiros comprem dólares, em operações de lavagem de dinheiro. Ao perseguir transações com esse perfil, os investigadores desconfiaram de um conjunto de operações que somam aproximadamente o valor que estava com o grupo petista.
A investigação da PF conseguiu identificar entre cinco e nove “laranjas” em operações da Vicatur e tentará ouvi-los a partir de hoje. Não se sabe ainda se eles “emprestaram” seus cadastros ou tiveram os nomes inseridos indevidamente na operação. Nesse caso, admite-se a hipótese de que eles vinham sendo utilizados como intermediários em operações similares há mais tempo — não só na que teria dado origem aos US$ 248,8 mil que estavam com Valdebran Padilha e Gedimar Passos — e, dificilmente, terão informações para contribuir com os responsáveis pelo inquérito. Para tentar levantar informações sobre o caso, os policiais chegaram a programar para ontem uma operação de busca e apreensão de documentos na Vicatur, mas o vazamento do nome da empresa para a imprensa no último domingo fez com que os investigadores recuassem. Um dos investigadores, no entanto, afirmou que o fato de parte dos recursos ter sido adquirida nessa casa de câmbio não significa que ela esteja envolvida em irregularidades, porque um doleiro poderia ter montado toda engenharia da operação sem o conhecimento dos proprietários. Raciocínio válido para as casas de câmbio Diskline, de São Paulo, e Centauros, de Florianópolis, também investigadas pela polícia.

23 de out. de 2006

Lula Pai, Lula Filho

O Estado de São Paulo - 24/10/2006
Oposição fala em investigar Lulinha


O empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode ser convocado pela Câmara dos Deputados para explicar as denúncias de que teria atuado como lobista da Telemar, da Brasil Telecom e da produtora de vídeo Casablanca.
O líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) defenderam ontem que uma comissão temática da Câmara investigue a denúncia contra Lulinha, que é sócio da empresa Gamecorp.
'A comissão pode abrir uma investigação, à medida que ele é acusado de ter feito lobby junto à Secretaria de Direito Econômico (SDE). Além disso, é preciso abrir uma investigação em torno do enriquecimento do filho do presidente da República', disse Aleluia. 'A comissão pode enviar um pedido de informações ao filho do presidente para saber sua resposta sobre até que ponto ele tinha ligação com o lobby', afirmou Gabeira.
Segundo os deputados, a convocação de Lulinha poderia ser feita pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio ou pela Comissão de Fiscalização e Controle. A denúncia, da revista Veja, diz que o investimento de R$ 15 milhões da Telemar na Gamecorp pagou também o trabalho de lobby feito por Lulinha e por seu sócio Kalil Bittar, filho de Jacó Bittar, fundador do PT e amigo de Lula.
A denúncia diz que Lulinha e Bittar defenderam interesses da Telemar, da Brasil Telecom e da produtora Casablanca e tinham sala na APS, empresa do lobista Alexandre Paes dos Santos, alvo de investigações da Polícia Federal em 2001.
MUITO ESTRANHO
'É muito estranho o envolvimento com uma pessoa com aquela ficha corrida. E está na cara que é apenas a ponta do iceberg', afirmou o senador Heráclito Fortes (PFL-PI), a propósito do uso da sala da APS. Para ele, Lulinha tirou vantagem do cargo do pai para fazer seus negócios. 'Não podemos ser ingênuos: se isso é permitido dentro de casa, com filhos, não há como imaginar que isso não ocorra também em outras esferas', disse Fortes.O governo considerou a denúncia contra Lulinha 'um requentamento oportunista e eleitoral'. Na avaliação de assessores do presidente Lula, Veja não apresentou informações novas. Para eles, a denúncia contra Lulinha tem por objetivo único tentar desgastar o governo, a seis dias do segundo turno.A denúncia afirma que Lulinha e Bittar aproximaram a produtora Casablanca, da francesa Arlette Siaretta, do governo, mediante uma comissão de 5% em todos os negócios conseguidos e que hoje a Casablanca produz 50% dos filmes do governo.

Charges Online - Bessinha

"Meu Paipai - Meu Garoto"


FILHO DE LULA TERIA FEITO LOBBY PARA A TELEMAR, DIZ REVISTA

Fábio Luís Lula da Silva seria um dos lobistas das negociações com o alto escalão do funcionalismo do governo federal para mudar as leis sobre telecomunicações.

O empresário Fábio Luís Lula da Silva, 31 anos, conhecido como Lulinha, é acusado na última edição da revista "Veja" de ser um dos lobistas das negociações com o alto escalão do funcionalismo do governo federal na tentativa de mudar as leis das telecomunicações para beneficiar a Telemar.
De acordo com a revista, o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi chamado para tentar assegurar os interesses da empresa de telefonia junto ao governo que seu pai chefia. A reportagem sugere que houve, inclusive, uma disputa entre empresas de telefonia para "comprar" a influência do filho do presidente e seu acesso ao governo, e que a Telemar teria ganhado a disputa com o investimento de R$ 15 milhões na Gamecorp, empresa de Fábio Luís.
Segundo a "Veja", depois do investimento, o filho do presidente começou a se comportar como lobista da Telemar. Ele e seu sócio na empresa Gamecorp Kalil Bittar teriam mantido três encontros com Daniel Goldberg, titular da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE).
Em uma destas reuniões, no início de 2005, segundo a revista, eles perguntaram a Goldberg sobre a posição da SDE caso a Telemar comprasse a concorrente Brasil Telecom, um negócio proibido pela legislação vigente. O secretário teria dito que a fusão só seria possível através de uma mudança na lei. Ainda segundo a "Veja", os esforços para esta modificação foram abandonados por Lulinha devido à veiculação da notícia da compra pela Telemar de parte das ações da Gamecorp por R$ 5,2 milhões.
De acordo com a revista, isto nunca ''ocorreu oficialmente''. O assessor de Lulinha e Kalil, o jornalista Cláudio Sá, disse na reportagem que, se houve encontros, foram contatos meramente sociais. Goldberg, por sua vez, disse ter tratado de assuntos relativos à contratação de uma consultoria de contabilidade tributária e de um escritório de advocacia.
A revista diz também que Lulinha se associou a Alexandre Paes dos Santos, que responde a inquéritos por corrupção , contrabando e tráfico de influência. Enquanto estavam em Brasília, Lulinha e Kalil despachavam em uma sala do escritório do lobista, conhecido como APS, entre o fim de 2003 e julho de 2005.
O local é uma mansão de quatro andares e elevador, na região do Lago Sul. O assessor da dupla disse que Kalil esteve no escritório, mas disse que Lulinha nunca foi lá. APS confirmou que o filho do presidente despachava no local.

Na cidade que Lindberg (PT) é Prefeito!

Correio Braziliense - 23/10/2006
Para PF, dólares do dossiê saíram do Rio


Polícia acredita que “laranjas” sacaram dinheiro em agência de turismo de Nova Iguaçu.


Caso de polícia que virou o principal assunto nessa reta final das eleições presidenciais, a montagem do dossiê contra os tucanos, que tem ramificações em Mato Grosso e São Paulo, ganhou um novo entroncamento: a cidade fluminense de Nova Iguaçu.
Fontes da Polícia Federal, que investiga a origem dos R$ 1,75 milhão que seriam usados no pagamento do dossiê contra candidatos do PSDB, informaram que a maior parte dos 248,8 mil dólares que faziam parte desse montante saíram de uma agência de turismo de Nova Iguaçu. A empresa se chama Vicatur Agência de Turismo. Mas os nomes dos compradores não foram revelados para não atrapalhar as investigações.
Segundo a PF, os dólares foram adquiridos por “laranjas”, todos membros de uma mesma família, em lotes de valores variados. Suspeita-se que essas pessoas tenham “alugado” seus CPFs ou que seus nomes tenham sido usados sem o seu conhecimento. A próxima fase do inquérito da Polícia Federal deve durar mais 30 dias e todos serão chamados a depor.
Casas de câmbio de São Paulo e de Florianópolis (SC) também foram vasculhadas pela polícia. A Baixada Fluminense já tinha sido citada por fontes policiais em outras circunstâncias. Entre o dinheiro apreendido pela polícia, havia notas de pequenos valores, inclusive maços com fitas com a inscrição “Caxias 118” — em referência à cidade de Duque de Caxias — além de “Campo Grande 119”, nome de cidade da zona oeste. O fato levou a polícia a concluir que parte do dinheiro veio de bicheiros, chegando a apontar o banqueiro do bicho Antonio Petrus Kalil, o Turcão, 81 anos, como elo de ligação com os petistas fluminenses.

Charge do Dia - Angeli


Folha de São Paulo - 23/10/2006

Câmara Milionária

Folha de São Paulo - 22/10/2006
Um terço da nova Câmara é de milionários

Um em cada três deputados federais eleitos é milionário. Levantamento feito pela Folha mostra que, dos 513 parlamentares que assumem o cargo em 2007, 165 declararam ter patrimônio superior a R$ 1 milhão.
São 49 milionários eleitos a mais do que em 2002 (quando foram eleitos 116 milionários). Dos 165 deputados com mais de R$ 1 milhão, 74 são novatos e 91 estão na atual legislatura.O patrimônio médio do parlamentar eleito também aumentou: foi de R$ 2,2 milhões para R$ 2,5 milhões. No total, os 513 parlamentares têm juntos R$ 1,2 bilhão --R$ 128 milhões a mais que os eleitos para a Câmara há quatro anos.
Levando em conta o rendimento médio mensal do brasileiro (R$ 527, de acordo com o IBGE), seria preciso trabalhar mais de 392 anos para acumular R$ 2,5 milhões.Camilo Cola (PMDB-ES), 83, dono da viação Itapemirim, é disparado o mais rico dos deputados, com um patrimônio declarado de R$ 259 milhões. O segundo é Odílio Balbinotti (PMDB-PR), que declarou ter R$ 123 milhões.
Para o cientista político Fernando Abrucio, da FGV-SP, é impossível saber se as declarações são realmente compatíveis com a realidade. Apesar dos números, segundo ele, muitos podem ter declarado menos do que têm. "No Brasil, não pega bem ser rico. É um país com alto índice de desigualdade. As pessoas não querem se declarar ricas. Mas não acho que seja algo singular dos políticos."A bancada que terá o maior número de milionários é a do PFL: 38. Depois, vem o PMDB, com 37. O PSDB terá 21. As três legendas têm também o maior patrimônio declarado --total e médio. O PT terá seis milionários e é, pela média, o 16º partido em patrimônio.
Apesar do aumento do patrimônio dos deputados, Abrucio acredita que a minirreforma eleitoral --que proibiu showmícios e outdoors-- coibiu o abuso econômico e diminuiu a influência do dinheiro nestas eleições. "O que favoreceu mais foi ser conhecido pelo grande público e ter forte base social. "Devido à crise ética gerada pelo escândalo do mensalão e pela máfia dos sanguessugas, o cientista político coloca em dúvida o aumento de milionários. "Talvez haja mais gente [que já tinha mais de R$ 1 milhão] declarando suas contas agora."A maior parte dos deputados federais milionários é do Sudeste (62). São Paulo está em primeiro na lista, com 29. Minas Gerais vem logo atrás, com 25. O Rio tem seis e Espírito Santo, dois. O Amapá é o único Estado que não possui nenhum deputado com mais de R$ 1 milhão em patrimônio declarado.
 
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