
FILHO DE LULA TERIA FEITO LOBBY PARA A TELEMAR, DIZ REVISTA
Fábio Luís Lula da Silva seria um dos lobistas das negociações com o alto escalão do funcionalismo do governo federal para mudar as leis sobre telecomunicações.
O empresário Fábio Luís Lula da Silva, 31 anos, conhecido como Lulinha, é acusado na última edição da revista "Veja" de ser um dos lobistas das negociações com o alto escalão do funcionalismo do governo federal na tentativa de mudar as leis das telecomunicações para beneficiar a Telemar.
De acordo com a revista, o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi chamado para tentar assegurar os interesses da empresa de telefonia junto ao governo que seu pai chefia. A reportagem sugere que houve, inclusive, uma disputa entre empresas de telefonia para "comprar" a influência do filho do presidente e seu acesso ao governo, e que a Telemar teria ganhado a disputa com o investimento de R$ 15 milhões na Gamecorp, empresa de Fábio Luís.
Segundo a "Veja", depois do investimento, o filho do presidente começou a se comportar como lobista da Telemar. Ele e seu sócio na empresa Gamecorp Kalil Bittar teriam mantido três encontros com Daniel Goldberg, titular da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE).
Em uma destas reuniões, no início de 2005, segundo a revista, eles perguntaram a Goldberg sobre a posição da SDE caso a Telemar comprasse a concorrente Brasil Telecom, um negócio proibido pela legislação vigente. O secretário teria dito que a fusão só seria possível através de uma mudança na lei. Ainda segundo a "Veja", os esforços para esta modificação foram abandonados por Lulinha devido à veiculação da notícia da compra pela Telemar de parte das ações da Gamecorp por R$ 5,2 milhões.
De acordo com a revista, isto nunca ''ocorreu oficialmente''. O assessor de Lulinha e Kalil, o jornalista Cláudio Sá, disse na reportagem que, se houve encontros, foram contatos meramente sociais. Goldberg, por sua vez, disse ter tratado de assuntos relativos à contratação de uma consultoria de contabilidade tributária e de um escritório de advocacia.
A revista diz também que Lulinha se associou a Alexandre Paes dos Santos, que responde a inquéritos por corrupção , contrabando e tráfico de influência. Enquanto estavam em Brasília, Lulinha e Kalil despachavam em uma sala do escritório do lobista, conhecido como APS, entre o fim de 2003 e julho de 2005.
O local é uma mansão de quatro andares e elevador, na região do Lago Sul. O assessor da dupla disse que Kalil esteve no escritório, mas disse que Lulinha nunca foi lá. APS confirmou que o filho do presidente despachava no local.
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