
TSE autoriza Candidatos a presidente a aumentar teto de despesas nas campanhas. Juntos, os dois podem gastar até R$ 210 milhões
As novas regras previstas pela minirreforma eleitoral para baratear as campanhas presidenciais, como a proibição de brindes, outdoors e showmícios, parecem não ter surtido muito efeito na corrida ao Planalto. Tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, quanto o candidato tucano, Geraldo Alckmin, conseguiram autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para elevarem as previsões de gasto máximo de suas campanhas por causa do segundo turno.
Com a decisão, Lula pode gastar até R$ 115 milhões — R$ 26 milhões a mais do que tinha previsto no primeiro turno. Já Alckmin elevou de R$ 85 milhões para R$ 95 milhões o limite máximo para suas despesas. Juntos chegam à marca milionária de R$ 210 milhões. Caso utilizem todo esse dinheiro, será a campanha mais cara dos últimos tempos. As quantias são muito superiores às declaradas em 2002.
Na ocasião, Lula estipulou um limite de gastos de R$ 36 milhões no primeiro turno. No segundo turno, conseguiu também a autorização do TSE para que o valor fosse alterado para R$ 48 milhões. Na hora de prestar contas, o PT disse ter gasto cerca de R$ 39 milhões. A campanha tucana à Presidência daquele ano estimou um teto bem mais alto, de R$ 60 milhões, e declarou ter gasto R$ 5 milhões a menos que seu concorrente. Se a comparação for com a eleição de 1998, a distância é ainda maior: Lula estimou em R$ 15 milhões o limite de despesas e gastou R$ 3,9 milhões. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que na época brigava pela reeleição, pretendeu gastar até R$ 73 milhões, e prestou contas de R$ 45,9 milhões.
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