Fragmentos: Dentro da noite veloz - Ferreira Gullar

A vida muda como a cor dos frutos lentamente e para sempre. A vida muda como a flor em fruto velozmente.
A vida muda como a água em folhas o sonho em luz elétrica a rosa desembrulha do carbono o pássaro da boca mas quando for tempo.
E é tempo todo o tempo mas não basta um século para fazer a pétala que um só minuto faz ou não mas a vida muda a vida muda o morto em multidão.


26 de jul. de 2008

Charge - Mariano


Sem intermédiários!

Site Terra

Rio: crime teria elegido 10% da Câmara de Vereadores

Dados levantados pelo mapa eleitoral de 2004 põem mais de 10% dos vereadores do Rio sob a mira, ao mesmo tempo, da CPI das Milícias, da Polícia Federal e da Polícia Civil. Por meio do cruzamento de informações do TRE, com os nomes de parlamentares eleitos no último pleito e os endereços das urnas que renderam mais votos para cada um, o Jornal do Brasil identificou seis vereadores beneficiados por alta concentração de votos de moradores de currais eleitorais instalados em terrenos sob poder de milícias ou do tráfico de drogas.

De acordo com o levantamento, quatro vereadores obtiveram mais da metade de seus votos na eleição passada em currais milicianos da zona oeste. Outros dois foram favorecidos por votação majoritária em áreas dominadas pelo tráfico, nas zonas sul e norte. O JB iniciou série de reportagens na edição do dia 13 sobre a interferência do tráfico, das milícias e do clientelismo no processo eleitoral, por meio da formação de currais eleitorais.

Jerominho (PMDB), atualmente na cadeia, reuniu em 12 das 97 zonas eleitorais do município 82,68% dos seus 33.373 votos, todas em Campo Grande e Santa Cruz, na zona oeste. Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras (DEM), concentrou em oito zonas eleitorais de Rio das Pedras 80,77% dos 34.764 votos que o elegeram. Nadinho é suspeito do assassinato do inspetor de Polícia Civil Félix Tostes e enfrenta neste ano disputa, no seu reduto antes exclusivo, com um ex-aliado, o capitão da PM reformado Epaminondas de Queiroz Medeiros Júnior, investigado por envolvimento na milícia de Rio das Pedras e também do DEM.
O vereador Dr. Jairinho (PSC) conquistou o seu mandato com 70% de um total de 23.941 oriundos de territórios sob controle paramilitar na Zona Oeste. Com concentração em Bangu e representação relevante também em Realengo, Vila Kennedy, Senador Camará, Padre Miguel, Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Cosmos, Vila Kennedy, Inhoaíba, Magalhães Bastos, Vila Kennedy. No caso de Jairinho, o cruzamento de dados do TRE revelam que o sucesso eleitoral na região, ele herdou do pai, o deputado estadual Coronel Jairo, de mesmo partido, que obteve 66,75% dos votos concentrados na zona oeste.

O vereador Luiz André Ferreira da Silva, o Deco (PR), pode ser considerado um nanico perante os exemplos acima. Ainda assim, na última eleição, o ex-pára-quedista do Exército ganhou o posto de suplente com 52% de votos em Jacarepaguá, onde tem fincada suas bases nas comunidades do Mato Alto e Chacrinha, em região disputada, nesta campanha municipal com o policial militar Luiz Monteiro, o Doem (PTC).

O mapa do TRE demonstra também o poder de votos de candidatos beneficiados pelo tráfico, em áreas reservadas a campanhas com exclusividade às vezes total, outras, parcial. Os dados revelam indícios desse tipo de apoio a vereadores eleitos em 2004. Eleita com 24.282 de São Conrado, Gávea e Vidigal, Lilian Sá (PR) teve, por exemplo, 4.013 votos em uma única zona eleitoral da Rocinha. Líder comunitário do Complexo do Alemão, Jorginho da SOS (DEM), em sete zonas eleitorais, todas no Complexo do Alemão, atraiu os votos de 51,53% eleitores.
Comentário do POP: O crime organizado acabou com os intermédiários. Em vez de eleger vereadores bandidos, agora elege diretamente bandidos vereadores!

Dinheiro Público em campanha do PT

Folha de São Paulo

PT oferece revista do governo como material de campanha

O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está oferecendo como material de campanha aos seus cerca de 35 mil candidatos a prefeito e vereador uma revista produzida pela Presidência da República com o título "Governo Federal e Municípios, Cresce o Brasil". Desde pelo menos anteontem, o arquivo com a íntegra da revista está disponível no site eleitoral do PT criado com o objetivo de fornecer "diretrizes, informações, orientações, serviços e produtos para auxiliar as candidaturas petistas em todo o país".

A revista, de 79 páginas, está disponível para cópia em uma pasta com o título "Governo Lula nos Municípios". Ela foi feita em abril pela Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), sob coordenação da Subchefia de Assuntos Federativos do Ministério das Relações Institucionais. De acordo com a Secom, 11 mil exemplares foram impressos, ao custo de R$ 102 mil. Na revista, há ações do governo federal que teriam beneficiado os municípios. O primeiro enunciado diz que o "Brasil em construção exige municípios fortes e novo padrão de gestão municipal".

Trechos da revista do governo são praticamente idênticos a trechos do site eleitoral do PT, como o que diz que "as medidas econômicas, as mudanças institucionais e o conjunto de obras de logística, transporte e energia do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já impactaram a vida dos municípios". Na penúltima página, há advertências de que a revista é "uma publicação de cunho informativo" e de que "seu conteúdo não poderá ser alterado ou reproduzido".

Por meio de sua assessoria de imprensa, o PT argumenta que "o material é público, tem caráter universal e contém informações relevantes para qualquer candidato, de qualquer partido, em qualquer cidade". "No nosso caso, [o material] é direcionado aos candidatos do PT porque o site é do PT", afirma.

O partido diz entender que a proibição para reprodução se restringe a cópias impressas. A Secom afirmou que "as informações são públicas, à disposição de qualquer pessoa, entidade ou partido". Sobre a restrição à reprodução, disse que a publicação está disponível no site a qualquer interessado. O órgão também afirmou que todos os anos edita publicação com conteúdo similar.
A estratégia petista de municiar seus candidatos com dados sobre o governo Lula já se utilizava de material da Presidência, mas de forma mais discreta. Há cerca de um mês, o site do partido abriga "link" que direciona para página do governo com o jornal "Mais Brasil para Mais Brasileiros", também sobre ações federais.
Em março, o governo Lula atingiu popularidade recorde de 55%, segundo o Datafolha.Lula foi multado em 2006 pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pela distribuição, pela Casa Civil da Presidência, de um jornal tablóide de 36 páginas considerado de caráter eleitoreiro. Naquele ano, o presidente disputava a reeleição.
Comentário POP: Qualquer semelhança não é mera coincidência!

Rastros do suborno levam a Daniel Dantas

O Estado de São Paulo

Dinheiro da propina é do Opportunity, diz lobista

O dinheiro apreendido no apartamento do lobista Hugo Sérgio Chicaroni, que seria utilizado para subornar um delegado da Polícia Federal, é do Grupo Opportunity. A afirmação é do próprio Chicaroni, em depoimento à PF.

A confissão serviu de base para a denúncia feita pelo Ministério Público Federal, assinada pelo procurador Rodrigo de Grandis. Os R$ 865 mil foram levados à casa do acusado por "algumas pessoas ligadas ao Grupo Opportunity" e "deveriam ser entregues ao delegado Vitor Hugo (Rodrigues Alves Ferreira)". Havia suspeita de que o dinheiro tivesse como origem o investidor Naji Nahas.

Kassab também deveria estar na "lista suja"

Blog do Josias de Souza

Lista suja’ da AMB exclui processo contra Kassab

Candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM) figura como co-réu em processo que corre no Tribunal de Justiça de São Paulo. A despeito disso, foi excluído da “lista suja”, que a Associação dos Magistrados do Brasil divulgou na última terça (22).

Falou-se, aqui e ali, do processo que pendia sobre a cabeça de Kassab. Dizia-se que havia sido extinto. A repórter Rosanne D'Agostino, do UOL (assinantes), decidiu escarafunchar o caso. Descobriu que o caso continua pendente de julgamento.

A coisa começou em 1997. Kassab era secretário de Planejamento do prefeito de então, Celso Pitta, preso e solto na Operação Satiagraha. A reputação de Pitta era roída à época por uma CPI que apurava malfeitorias na negociação de títulos públicos. A pretexto de defender a administração municipal, o prefeito mandou publicar nos grandes jornais uma peça publicitária.

O Ministério Público acusou-o de fazer promoção pessoal com verba pública. Abriu contra ele uma ação civil pública. O promotor de Justiça Sérgio Turra Sobrane enxergou nos anúncios um atentado contra os princípios da administração pública, previstos na Lei de Improbidade. Kassab foi ao banco de réus, na condição de co-responsável, por ter concordado com a liberação do dinheiro.

Condenados na primeira e na segunda instância do Judiciário, os réus amealharam vitórias no STJ. Depois, obtiveram no Tribunal de Justiça, em 7 de maio de 2008, a anulação das condenações. Entendeu-se que a publicidade de Pitta era informativa, não promocional. Há, porém, um recurso ainda à espera de julgamento.


Por isso, o processo continua vivo. Sobreveio, então, a pergunta inevitável: Por que diabos a AMB excluiu Kassab de uma “lista suja” que traz os nomes de Marta Suplicy e Paulo Maluf?

A associação de magistrados argumenta que só foram à lista os candidatos que respondem a processos listados nos tribunais como ações de "improbidade administrativa". O caso de Kassab, diz a entidade, é uma "ação civil pública." Bobagem, responde Sérgio Turra, o promotor que levou o candidato ‘demo’ às barras dos tribunais. "A ação de improbidade é uma espécie de ação civil pública e esta ação [contra Kassab] deve, sim, ser incluída na lista."

Nas pegadas da divulgação da lista da AMB, a turma de Kassab apressou-se em extrair dela o máximo proveito eleitoral. No sítio que mantém na internet, a campanha do prefeito defendeu a divulgação da lista. E reproduziu notícias sobre o caso. O TRE mandou que a coisa fosse tirada do ar. A equipe do candidato distribuiu, de resto, panfletos com os seguintes dizeres: "Sujou! Associação de juízes inclui marta, Maluf e mais 13 em lista suja” (veja imagem lá no alto).

Fica-se agora com a impressão de que a lista da AMB, do modo como foi feita, dá margem a que sujos se insurjam contra mal lavados. Muda apenas a quantidade de sujeira.

25 de jul. de 2008

Condenação mesmo só para ladrão de galinha

Folha de São Paulo

Justiça suspende processo contra Cacciola por crime contra o sistema financeiro

A Justiça Federal suspendeu o processo contra Salvatore Cacciola que tramita na 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A decisão foi concedida ontem pela juíza federal Simone Schreiber, que acatou pedido da defesa do ex-banqueiro e do Ministério Público Federal.

Na mesma decisão, a juíza também suspendeu a
audiência estava marcada para hoje, às 13h30. Ainda não foi agendada uma nova data pela Justiça. Cacciola está preso na Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira - Bangu 8, na zona oeste do Rio de Janeiro, desde a madrugada do último dia 18.


No pedido de suspensão, a defesa de Cacciola alegou violação do acordo de extradição do ex-banqueiro. Pelo acordo, o ex-banqueiro poderá responder somente pelo processo que tramita na 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, no qual ele responde pelo crime de gestão fraudulenta. Portanto, Cacciola não poderia se apresentar para audiência na 5ª Vara Federal Criminal, onde responde por crime contra o sistema financeiro.


O Ministério Público também pediu o adiamento da audiência até que seja esclarecido o pedido de extradição formulado pelo Ministério da Justiça.


O advogado Carlos Ely Eluf, que defende Cacciola, explicou que o processo ficará suspenso até que o Ministério da Justiça esclareça o acordo que resultou na extradição do ex-banqueiro. "Vamos aguardar até que o processo seja arquivado", disse Eluf.
A violação do acordo de extradição também está sendo questionada na Justiça de Mônaco. O advogado Frank Michel, que defende Cacciola em Mônaco, juntou cópia da intimação à petição apresentada à Justiça do principado. Segundo Eluf, a Procuradoria Geral de Mônaco já interpelou o governo brasileiro por meio da embaixada do Brasil em Paris.

Vale a pena ver de novo

Notícia publicada em 01/08/2007
Game chinês incentiva punição a políticos corruptos


Um jogo online no qual a principal missão é acabar com políticos corruptos está fazendo sucesso entre os internautas de uma cidade onde há alguns anos aconteceu um dos maiores escândalos de corrupção do país, informou nesta quarta-feira a imprensa chinesa. No distrito de Ningbo Haishu, no nordeste da China, há oito anos aconteceu um escândalo envolvendo altos oficiais do exército chinês, condenados à prisão por contrabando e desvio de fundos públicos.
O jogo, instalado há apenas uma semana, já foi jogado por mais de 7 mil pessoas nos cibercafés, segundo o jornal South China Morning Post, de Hong Kong. Embora ambientado em épocas passadas, desde a dinastia Qing, o jogo procura conscientizar os jovens para a importância de lutar contra a corrupção atual. "Através do jogo, os jovens serão mais positivos e valentes na luta contra a corrupção no mundo real", destacou Hua Tong, criador do jogo. A ação acontece em lugares reais de Ningbo. Os jogadores podem usar diversos truques para acabar com os políticos corruptos, inclusive o assassinato com armas sofisticadas.
Comentário POP: Uma versão brasileira desse game faria um imenso sucesso de público e crítica

Dinheiro público escoa pelos ralos do Congresso!

O Estado de São Paulo


Senador beneficia empresas de seu Estado com R$ 2,3 mi



Há dois anos no cargo de primeiro-secretário do Senado, o senador Efraim Morais (DEM-PB) decidiu contemplar quatro empresas de comunicação de seu Estado com dinheiro público. Foi ele quem autorizou os quatro contratos assinados pelo Senado, cada um no valor de R$ 48 mil por mês, para exibir propaganda da Casa na internet ou divulgar notícias sobre senadores na Paraíba. Ao todo, os contratos superam R$ 2,3 milhões anuais.
As empresas são minúsculas em comparação com a estrutura de comunicação do próprio Senado e, na maioria dos casos, não fazem mais que reproduzir informações produzidas pelo Legislativo. Uma delas é a Paraíba Internet Graphics Ltda, a mesma que cuida do site do próprio senador, espaço que ele usa para fazer propaganda pessoal.
Procurado pelo Estado, Efraim não respondeu às ligações. Tampouco foram localizados o presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), e o secretário-geral, Agaciel Maia. A assessoria de Efraim alega que o portal com o banner do Senado traz um link que remete ao site da instituição, com fazem grandes empresas de comunicação - a diferença é que essas empresas tratam o serviço do Senado como de utilidade pública e não cobram nada.
Os contratos de um ano foram assinados sem licitação com a MMF Comunicação e Fatos, Paraiba Internet, Rádio e TV Paraibana e Rogéria Pontes (RPN). Há ainda o contrato no valor de R$ 120 mil/ano para a Agência Nordeste "redistribuir" notícias da Agência Senado. Dados da página do Senado, no local identificado como "licitações e contratos", informam que a assinatura ocorreu no dia 27 de abril do ano passado.

Charge - Amarildo

A quem interessa?

Delegado afastado diz que investigação foi "obstruída"
Em ofício entregue à Justiça Federal na última sexta-feira, o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que naquele dia deixou o comando da Operação Satiagraha com outros dois delegados, apontou suposta "tentativa de obstrução à investigação" e citou alegadas pressões exercidas pelo delegado Paulo de Tarso Teixeira, diretor de Combate a Crimes Financeiros da direção geral da PF, em Brasília.

O delegado narrou, no documento de 16 páginas, que, um dia antes das prisões da Satiagraha, Teixeira e o superintendente da PF em São Paulo, Leandro Coimbra, lhe cobraram a entrega da lista dos investigados contra os quais haveria mandado de prisão expedido pela Justiça Federal no âmbito da operação. Segundo Queiroz, Teixeira lhe fez vários telefonemas com os mesmos pedidos e teria dito "palavras de baixo calão".

Numa das ligações, segundo Queiroz, Teixeira teria dito que, "do jeito que está sendo feito, o superintendente Leandro informou que não ocorrerá operação policial, bem como se ele [Teixeira] fosse superintendente em São Paulo, também procederia da mesma forma".
Os mandados de prisão temporária contra o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e outras 20 pessoas haviam sido expedidos pelo juiz da 6ª Vara Federal Criminal Fausto De Sanctis no dia 4, sexta, três dias antes da reunião.

As prisões ocorreriam no dia 8, terça. Segundo o delegado, na noite anterior às prisões, por volta das 20h, ele foi chamado a uma reunião com Teixeira e Coimbra na sala do superintendente em São Paulo, quando lhe cobraram os nomes.

Queiroz escreveu que se recusou a entregar os nomes dos futuros presos, alegando que poderia haver vazamento e os investigados poderiam recorrer a um habeas corpus. A recusa gerou um bate-boca. O delegado disse que o pedido não seria um procedimento de rotina. A reunião que destituiu Queiroz do comando da operação ocorreu uma semana depois.

24 de jul. de 2008

Uso de algemas em ladrões de colarinho branco é proibido!

Folha Online

Tarso Genro diz que Satiagraha feriu manual da PF e condena uso de algemas

O ministro Tarso Genro (Justiça) defendeu nesta quinta-feira a cautela com o uso de algemas e grampos em operações da Polícia Federal. Genro afirmou que houve abuso de autoridade nas prisões feitas na Operação Satiagraha e que o manual de conduta da PF foi ferido na ocasião.

"Não acho que um agente policial deva necessariamente sempre algemar. Ele deve medir com cautela a necessidade [do uso de algemas] e dar garantia para que a custódia chegue de maneira adequada e respeitosa. O que não pode é um agente público expor, como foi feito nessa operação, pessoas que estão sendo custodiadas e algemadas.
O
ex-prefeito [Celso] Pitta, por exemplo, foi filmado dentro de casa, de pijama. Aquele policial que vazou a informação [sobre a operação] e submeteu aquele cidadão [Pitta] a essa execração cometeu um exímio abuso de autoridade, embora não esteja especificado na lei de abuso de autoridade essa conduta", afirmou.
"Um dos elementos importantes desse manual, que nos causou um profundo desgosto, é a proibição da exibição pública das pessoas, a sua execração pública e a produção de punição antecipada. Isso não se justifica para ninguém e as pessoas foram expostas nessa operação, e evidente que a Polícia Federal vai investigar quem o fez, de uma maneira absolutamente incivilizada, não democrática".
Genro defendeu também mudanças na lei sobre abuso de autoridade, que ele classificou de "genérica" e "não intimidatória". Segundo Genro, o Ministério da Justiça criou um grupo de trabalho para analisar a lei e propor modificações.

Ao propor também mais cautela no uso do grampo telefônico, o ministro defendeu que sejam queimadas todas as gravações que não dizem respeito, diretamente, a investigações da PF. "Antes da sentença, isso tem que ser queimado, porque não pode ficar em poder de ninguém, porque devasta a intimidade das pessoas", disse o ministro.

"Hoje nós sabemos que existe uma verdadeira privatização das gravações. Qualquer pessoa compra qualquer gravação e sai gravando", afirmou.
Comentário POP: O Ministro nunca reclamou do uso de algemas quando os presos eram pobres. Também nunca reclamou dos grampos quando os grampeados eram ligados à oposição ou cidadãos comuns. Mas no caso de criminosos de colarinho branco...
A lei tem que ser aplicada a todos de modo igual!

Charge - Nani

DECISÃO POLÊMICA


Agência Carta Maior
Governo concede licença prévia para Angra 3


Atendendo a uma determinação do Palácio do Planalto, o Ibama concedeu licença prévia para a construção da terceira usina nuclear brasileira. Ministro do Meio Ambiente se diz contrário à opção nuclear e faz lista de condicionantes para "minimizar riscos". Movimento socioambientalista critica a decisão.

O governo Lula deu mais um passo polêmico em sua política ambiental nesta quarta-feira (23), quando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu licença prévia para a construção da usina nuclear Angra 3, em Angra dos Reis, no litoral Sul do Rio de Janeiro. A concessão da licença atende a um desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já que a construção da usina está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas não é vista com simpatia pelo próprio Ministério do Meio Ambiente (MMA), ao qual o Ibama é subordinado.
Crítico histórico da opção nuclear, o ministro Carlos Minc não escondeu sua contrariedade com a decisão do governo: "Não sou defensor de Angra 3, mas o governo já havia batido o martelo quanto à sua construção antes de eu virar ministro. Quando cheguei ao ministério, há 57 dias, o licenciamento já estava praticamente concluído. Apenas demos seqüência", disse Minc, durante entrevista coletiva concedida em Brasília ao lado do presidente do Ibama, Roberto Messias."Eu sempre fui crítico em relação aos riscos de uma usina nuclear. Agora, uma vez o governo tendo batido o martelo, cabe a nós, conhecendo os riscos, exigir condições de funcionamento que minimizem esses riscos", acrescentou o ministro.
Em sintonia com o raciocínio de Minc, o Ibama, no ato da concessão da licença prévia, apresentou à Eletronuclear uma lista com 60 condicionantes que, se não forem atendidas, inviabilizarão a concessão da licença definitiva de funcionamento.A principal condicionante diz respeito à construção de um depósito adequadamente seguro para armazenar o lixo radioativo. O sistema utilizado pelas usinas Angra 1 e Angra 2 _ que consiste em enterrar tonéis com dejetos radioativos em uma espécie de piscina a poucos metros do mar _ é considerado ineficiente e ultrapassado pelo Ibama.Mesmo reconhecendo que "não existe solução definitiva para o lixo nuclear", Minc quer que o armazenamento seja feito da maneira mais segura possível: "Entre o ideal e o precário, há uma solução intermediária, mais segura do que deixar uma piscina a metros da praia", disse o ministro, citando os exemplos de França e Alemanha, onde o depósito de lixo radioativo é feito em minas lacradas.

Candidata com 104 anos

Bahia Notícias - Samuel Celestino

MAMÃE ESTÁ DE VOLTA


Mamãe, aquela que ficou conhecida como garota propagada de uma rede de farmácias, está de volta ao cenário político. Pois é, a candidata mais velha do país a concorrer às eleições municipais deste ano tem 104, ao invés dos 99 anos como divulgou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).


Deodata Pereira Borges, a Mamãe, vai concorrer à vaga de vereadora em Feira de Santana, onde ela mora desde a década de 60. Após três eleições pedindo votos para seu filho, João Borges, que concorreu diversas vezes, mas nunca conseguiu se eleger, Mamãe decidiu colocar sua popularidade à prova.


Em 2006, aos 102 anos, ela concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSDC e obteve 13.500 votos. Agora, a simpática senhora quer garantir uma cadeira na Câmara Municipal da “Princesinha do Sertão”.


Grilos e Grileiros


Folha de São Paulo
Terra de grupo de Dantas é investigada no PA
Fazendas adquiridas pela Agropecuária Santa Bárbara Xinguara eram estatais e dependiam de autorização do governo, diz órgão

Áreas foram utilizadas para criação de gado, e não para colonização e extrativismo, como prevê lei; antigo dono e empresa negam acusações

Documentos a que a Folha teve acesso apontam que a Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, do grupo Opportunity, de Daniel Dantas, comprou irregularmente cinco fazendas no sudeste do Pará.No total, as fazendas somam cerca de 23,5 mil hectares, custaram R$ 53,7 milhões e foram vendidas em setembro de 2005 por Benedito Mutran Filho, então um dos maiores proprietários rurais do Estado. Desse total, R$ 10 milhões foram pagos imediatamente, e o restante foi dividido em dez parcelas, ainda não quitadas.
O problema é que as fazendas eram aforadas -termo jurídico que, segundo a lei paraense, designa terras cedidas pelo Estado para colonização e produção extrativista. Como continuavam como propriedade estatal, elas só poderiam ter sido vendidas se a transação fosse previamente comunicada ao governo, que precisaria então chancelar ou negar em definitivo a compra. Isso não aconteceu, de acordo com José Héder Benatti, presidente do Iterpa (Instituto de Terras do Pará).
Segundo a empresa, que tem sede em Amparo (SP), e Mutran, porém, as aquisições foram regulares.O fazendeiro e a empresa -por meio de Carlos Rodemburg, ex-cunhado de Daniel Dantas- formalizaram o negócio com um contrato de "promessa de compra e venda irrevogável e irretratável" das áreas, que se concentram na região de Marabá. Três delas estão em Xinguara e as outras, em Eldorado do Carajás.

Quem te viu, quem te vê!

Jânio de Freitas - Folha de São Paulo

O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh está batendo na trave há muito tempo.Ainda quando Luiza Erundina era prefeita de São Paulo, Greenhalgh, segunda figura na administração, foi personagem central de uma denúncia de extorsão. Erundina, verificado o episódio sem dificuldade, decidiu demiti-lo, mas foi impedida pelo PT, Lula à frente. A prefeita não permitiu mais que Greenhalgh tivesse tarefa alguma, nem ao menos lhe dirigia a palavra.

Por ocasião do assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André, Greenhalgh faz apressada penetração no caso, com a qual proporcionou numerosas aparências de não ter como objetivo o esclarecimento do crime e seu motivo. Foi um caso com muitos indícios de extorsões e corrupção.No círculo central de atingidos, ou já atingidos, pela tal Operação Satiagraha, lá está Luiz Eduardo Greenhalgh, em variados papéis, para dizer o mínimo, de duvidosos métodos e finalidades. Desta vez, a bola bate na trave, mas parece fazê-lo pelo lado de dentro.
Comentário Pop: De advogado de presos políticos a lobista de curruptos!

Isso que é Planejamento de Longo Prazo e Assunto Estratégico!

Folha de São Paulo
Mesmo ministro, Mangabeira insistiu em ação contra a BrT
Filósofo só desiste de processar empresa controlada por fundos estatais 1 ano após posse. Acordo só saiu depois da interferência de Dantas, na negociação da fusão BrT-Oi; Mangabeira diz que instruiu retirada de ação em 2007

Só depois de um ano no governo, o ministro Roberto Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos) desistiu, em maio passado, da ação judicial que movia contra a BrT (Brasil Telecom), controlada por fundos de pensões estatais. A informação, que aparece em e-mails interceptados pela Polícia Federal na Operação Satiagraha, foi confirmada à Folha por Mangabeira e pela Brasil Telecom.
Os e-mails indicam que a desistência da ação era uma exigência do Opportunity, de Daniel Dantas, em um acerto feito diretamente com a BrT. Esse entendimento abriu caminho para a fusão da BrT com a Oi, acertada em abril. Dantas travava disputa com a BrT, que já havia controlado, e abandonou o jogo em um acordo estimado em US$ 1 bilhão.
O processo, movido por Mangabeira em abril de 2007, e a ligação dele com Dantas, causaram desconforto no governo e quase lhe custaram o cargo -que só assumiu em junho daquele ano. À época, Mangabeira afirmou que desistira da ação em nome do cargo.Por meio de sua assessoria de imprensa, ele disse que instruiu seus advogados a retirarem a ação no ano passado, antes de ele tomar posse, mas que a formalização só ocorreu em maio por conta das "negociações entre os envolvidos".

Charge - Angeli

Para onde vai nosso dinheiro!

Festas com dinheiro público
Convênios de R$ 1,84 milhão que deveriam ser destinados à qualificação profissional e campanhas contra a AIDS financiaram gastos em restaurantes em Florianópolis e hospedagem durante o carnaval no Rio

Conluio entre empresas, fraudes fiscais, jantares em restaurantes chiques. Tudo isso foi encontrado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em seis convênios firmados por órgãos federais com o Instituto Treinar, em Santa Catarina. O dinheiro estava reservado para projetos de inclusão de jovens carentes no mercado de trabalho, qualificação de empregadas domésticas, combate à AIDS, mas acabou usado até na hospedagem em hotel fazenda no carnaval de 2006.


O TCU decidiu ontem abrir tomada de contas especial para apurar indícios de conluio em licitações na contratação do Instituto Treinar, para a execução de convênios no valor total de R$ 1,84 milhão. Auditoria do tribunal apurou que o instituto está qualificado como organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). “Na prática, entretanto, a qualificação como Oscip tem o intuito de servir de fachada para as atividades empresariais de André Luiz Videira e seus familiares”, diz o relatório.


O TCU determinou que Videira apresente defesa ou recolha aos cofres públicos o valor total dos convênios. Na execução do projeto de qualificação de empregadas domésticas, foram repassados R$ 375 mil. Foram pagas despesas na Pizza na Pedra, na Avenida Beira Mar, e no Boteco da Ilha. No dia seguinte, um jantar no restaurante Ostradamus. No dia 15 de abril, despesa na lanchonete Bob´s, com direito a lanchinho TriKids. No item hospedagem, despesa no hotel fazenda Auberge Suisse, de Nova Friburgo, região serrana do Rio, em março. Pela data da nota fiscal, a hospedagem na região serrana do Rio ocorreu no carnaval.

E teste de honestidade, moralidade e ética, quem aplica?


Juiz impugna candidatos reprovados em teste de português
Do site do jornal Zero Hora

Doze candidatos a vereador e um a vice-prefeito de um município do sul de Minas Gerais tiveram suas candidaturas indeferidas após serem reprovados em um exame de língua portuguesa realizadas pelo juiz eleitoral local.

Os 13 candidatos são de Poço Fundo e todos, juntamente com os outros 47 candidatos, fizeram a prova, que não era obrigatória, após receber o convite do juiz Válter José Vieira.

As provas se resumiram a dois ditados. No primeiro, os candidatos tiveram que escrever:
"O ministro Gilmar Mendes soltou pela segunda vez Daniel Dantas". Nesta, 21 não foram bem. O juiz eleitoral resolveu, então, dar uma segunda chance. No novo ditado, os candidatos tiveram que escrever: "A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral". Treze deles, porém, foram reprovados.
— Muito simples, um ditadozinho só. Não fiz nem matemática. Simplesmente não sabiam escrever — afirmou Vieira ao jornal "Regional 2ª Edição" da EPTV.

Comentário: Gilmar Mendes e Daniel Dantas já começaram a derrubar candidatos.

23 de jul. de 2008

Sátira completamente incorreta politicamente

Cartões Corporativos - Versão Hitlerista


Circula no território livre da Internet

Minc "mostra serviço" aos empreiteiros


Ibama concede licença prévia para construção de Angra 3
Com a licença, estatal que vai construir usina precisará cumprir mais 60 condições.Entre elas, está o monitoramento independente da radiação

O presidente do Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias, assinou nesta quarta-feira (23) a licença prévia para a usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. A licença diz que a construção é ambientalmente viável. No documento, há 60 condicionantes que devem ser cumpridas pela Eletronuclear, estatal responsável pela construção da usina.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, classificou na terça (22) as exigências como "brutais". Entre as exigências, estão o monitoramento indepentente da radiação, a solução para o armazenamento do lixo nuclear, a realização de obras de saneamento básico em Angra dos Reis e em Paraty e a "adoção" o Parque Nacional da Serra da Bocaina, no estado do Rio. Segundo a Eletronuclear, para que as obras tenham início, no entanto, ainda faltam a licença de instalação da usina, que deve ser concedida também pelo Ibama, e a de construção, de responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, as chuvas não vão atrapalhar as obras da usina, desde que a concretagem da base da obra seja feita a partir do mês de setembro. O custo estimado da construção de Angra 3 é de R$ 7,2 bilhões de reais, e a usina deve ficar pronta até 2014. Quando estiver em pleno funcionamento, serão gerados 1.400 megawatts de energia.

E a ex-Ministra Marina Silva o que tem a dizer?

Charge - Junião



Daniel Dantas e as coincidências

Para felicidade de Daniel Dantas

Lula reuniu-se com o Presidente do STF - Gilmar Mendes, Ministro da Justiça - Tarso Genro, Ministro da Defesa - Nelson Jobim, e após:

O Delegado da Policia Federal que presidia o inquérito da Operação Satiagraha foi afastado!

O Superintedente da Polícia Federal, o Juiz Federal responsável pelo processo e o Presidente do STF (que concedeu os habeas corpus a Daniel Dantas) entraram de férias!

O Senador Heráclito Fortes está solicitando a avocação do processo para o STF!

Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay!

Lista de Candidatos com "ficha suja"

Veja os candidatos a prefeito das Capitais, além de Maluf e Marta Suplicy, que estão na lista da AMB dos candidatos com a "ficha suja"


Clique no link abaixo:
Associação dos Magistrados do Brasil

Bandido deputado




A polícia do Rio prendeu, na madrugada desta terça (22), o deputado estadual Natalino Guimarães (DEM), na foto. Acusa-o de comandar uma milícia. A prisão de Natalino, recolhido a uma cela de Bangu 8, mobilizou três dezenas de policiais.

Cercaram a casa do deputado. Lá dentro, realizava-se o que a polícia chamou de “
reunião de milicianos”. Houve troca de tiros. Sete suspeitos conseguiram fugir. Outros seis foram às algemas. O deputado ‘demo’ e mais cinco. Entre eles dois PMs, um agente penitenciário e foragido da lei.

Chama-se Fábio Pereira de Oliveira o foragido alcançado pelos policiais. Levou um tiro na mão. Fabinho Gordo, como é conhecido, fazia a segurança do deputado preso. Natalino Guimarães é, ele próprio, um ex-policial. No último dia 11, fora expulso da corporação. Justamente porque, informou-se então, chefiava uma
milícia. Um irmão de Natalino, Jerônimo Guimarães, é vereador pelo PMDB. Policial aposentado, ele teve a pensão cassada pelo Estado. A polícia acusa Jerônimo de dividir o comando da milícia com o irmão Natalino.

Milícia é o apelido que os cariocas deram aos grupos paramilitares que vendem pseudoproteção nos morros cariocas. É uma espécie de neo-esquadrão da morte.

Comentário: Antes havia políticos bandidos, agora temos bandidos políticos

Charge - Amâncio


Quem te viu, quem te vê!

Folha de São Paulo
Zeca do PT é alvo de mais quatro ações

A Promotoria propôs mais quatro ações contra o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT. Agora são nove as ações cíveis sobre suposto esquema de desvio de verbas que, diz o Ministério Público, teria sido operado em sua gestão (1999-2006).
As ações dizem respeito a R$ 1,85 milhão em repasses do governo a quatro agências de publicidade. O valor teria servido para pagar serviços fictícios.

O inocente

Governador da BA diz desconhecer suposto lobby

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou que não tem nenhuma relação com as atividades profissionais do publicitário Guilherme Sodré Martins, o Guiga, que recebeu R$ 255 mil da Brasil Telecom em 2005, quando era controlada pelo Opportunity. Wagner se considera "um dos melhores amigos" de Martins, mas disse que a atuação profissional de ambos é "independente".

Reportagem da Folha mostrou que o pagamento a Martins aparece em auditoria feita em 2005 pelos novos controladores da BrT. Pelo documento, o serviço prestado "pode ser entendido como lobby". "Guilherme tem o trabalho dele, ele que terá que responder na Justiça. Do meu ponto de vista, não há preocupação pessoal ou de governo", diz Wagner.Martins foi investigado pela PF e apontado como suposto responsável por "contatos políticos" do banqueiro Daniel Dantas. Wagner diz desconhecer eventual lobby do amigo.



O governador passa a ser um dos candidatos ao Troféu Cara-de-Pau deste Blog

Cara de pau

Folha de São Paulo
Governo divulga nova explicação para dossiê

A mais nova versão do Palácio do Planalto para o dossiê anti-FHC atesta que, apesar de terem perdido o caráter sigiloso, os gastos da Presidência durante o segundo mandato do ex-presidente tucano não podem ser divulgados.
A publicidade de informações que dizem respeito à vida privada e à intimidade deve ser restrita a quem fez compras com dinheiro público, segundo o Gabinete de Segurança Institucional que, a pedido da Casa Civil, elaborou parecer de 20 páginas sobre o tema.
Para sustentar o argumento de que os gastos do ex-presidente e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso não podem ser divulgados na íntegra, o GSI evocou legislação de 2005, que estabeleceu prazos e critérios para a abertura dos arquivos da ditadura militar.
A lei definiu que documentos públicos que contenham informações relacionadas a intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas terão "acesso restrito à pessoa diretamente interessada ou, em se tratando de morto ou ausente, ao seu cônjuge, ascendentes ou descendentes".
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Tradução:
1ª versão - Não pode divulgar os gastos de Lula e da família
2ª versão - Não pode divulgar os gastos de Lula, mas pode de FCH e Dona Ruth
3ª versão - Não pode divulgar gastos de ninguém.
E quem vai pagar pela divulgação do Dossiê FHC?

Ação entre amigos

Painel - Folha de São Paulo
Só marola

Emissários da oposição já fizeram chegar ao Planalto a mensagem tranqüilizadora: descontada uma ou outra frase de efeito, PSDB e DEM nada farão para elevar a temperatura do caso Daniel Dantas. Pelo contrário.
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Comentário: Não mexe com meus corruptos que não mexo com os teus e vamos todos cirandar

22 de jul. de 2008

Dois pesos e duas medidas


"Acusado de roubar R$ 10 sai da cadeia após quatro meses por determinação do STJ"

Preso em flagrante desde março deste ano sob acusação de roubar R$ 10, um dependente químico de 20 anos de Boituva (121 km de SP) teve a liberdade concedida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). O rapaz foi preso durante uma briga também com outros dependentes de drogas.

A determinação é do presidente do STJ, ministro Humberto Gomes de Barros. O magistrado considerou que a decisão do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) de manter o jovem preso não foi fundamentada. Para o ministro do STJ, a argumentação do TJ de que, solto, o jovem ameaçaria a ordem pública, não deve ser motivo para mantê-lo atrás das grades.
Segundo o STJ, Barros considerou ainda que o suposto roubo de R$ 10 'não agride drasticamente os valores sociais, quanto mais considerando a dependência química do jovem'. Ele entendeu que a manutenção da prisão não foi fundamentada pelo TJ, porque afirma genericamente que o preso ameaçaria a ordem pública.

A decisão pela liberdade também foi fundamentada pelo STJ tendo em vista que o rapaz é réu primário, reside na cidade em que o processo tramita e há jurisprudência do próprio STJ e do STF (Supremo Tribunal Federal) favorável à soltura em casos como o do jovem.


Enquanto isso o Daniel Dantas consegue Habeas Corpus em tempo recorde diretamente no STF!



Lista da AMB - Candidatos processados


Maluf e Marta Suplicy na "lista suja" da AMB


A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) acaba de divulgar em seu site os primeiros dados de lista contendo o nome de candidatos que respondem a processos na Justiça, os apelidados "ficha suja". A lista pode ser consultada no site da entidade: www.amb.com.br (devido ao excesso de tráfego, o site da AMB apresenta instabilidade).


Em São Paulo, apenas três nomes integram a lista: os candidatos Marta Suplicy (PT), Paulo Maluf (PP) e a vice na chapa do PP, Aline Corrêa. O UOL entrou em contato com as assessorias dos candidatos à Prefeitura de São Paulo e aguarda a manifestação sobre a publicação.


Marta Suplicy tem em seu nome ação penal relacionada à Lei de Licitações, no Fórum da Barra Funda (SP) e no STF (Supremo Tribunal Federal). Já Paulo Maluf possui em seu nome quatro ações penais que correm no Supremo, por crimes de responsabilidade e contra o sistema financeiro nacional, e três por improbidade administrativa na Fazenda Pública paulista, cujo teor não se tem acesso pelo site da AMB.


Aline Corrêa possui uma ação penal em curso no Supremo por crimes contra a paz pública, formação de quadrilha, crimes contra a fé pública, falsificação de documento e ocultação de bens.


A AMB informou nesta terça (22) que estas são as primeiras informações e, por enquanto, referem-se somente a candidatos a prefeito e vice-prefeito nas 26 capitais do país. Estes números já estão consolidados e somente serão alterados caso novos processos sejam abertos.

"A política está reduzida ao noticiário policial"


Em entrevista à revista eletrônica IHU On-Line, o professor Luiz Werneck Vianna fala sobre o caso Daniel Dantas e critica o recuo da política e sua redução a uma agenda policial. O pesquisador acredita que "os piores instintos da sociedade estão sendo suscitados com tudo isso". E que a solução virá "com mais política" e não com menos. Para Werneck Vianna, o caso Dantas virou um "affair" midiático, com cortinas de fumaça.



Ao analisar os recentes episódios de corrupção no Brasil, a partir da prisão (ou da tentativa de) do banqueiro Daniel Dantas, o professor Luiz Werneck Vianna, do Iuperj, em entrevista concedida por telefone à revista eletrônica IHU On-Line, identifica apenas "o capitalismo operando". Para ele, o mal não está em figuras como a de Dantas ou de Eike Batista, "como se a sociedade fosse melhorar se nos livrássemos delas".


Ele garante: "Não vai melhorar. A sociedade vai melhorar se organizando em torno das suas questões centrais", que são, na sua opinião, o crescimento econômico, a reforma agrária e a democratização da propriedade. O pesquisador acredita que "os piores instintos da sociedade estão sendo suscitados com tudo isso". E que a solução virá "com mais política". "O que constatamos, ao longo desse episódio, é que a política recua. Não há política. Está faltando sociedade organizada, reflexiva. A política está reduzida ao noticiário policial", explica.


Werneck Vianna é professor pesquisador do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo, é autor de, entre outros, A revolução passiva: iberismo e americanismo no Brasil (Rio de Janeiro: Revan, 1997), A judicialização da política e das relações sociais no Brasil (Rio de Janeiro: Revan, 1999) e Democracia e os três poderes no Brasil (Belo Horizonte: UFMG, 2002).


Porque a violência não diminui!

PAC da Segurança aplicou apenas 10% do previsto

O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça, só utilizou 10% dos recursos disponíveis em orçamento para serem aplicados nas 94 medidas que o compõe.

Também conhecido como PAC da Segurança, o programa federal desembolsou R$ 134,6 milhões até o dia 8 de julho. Mas as ações estruturais e os projetos locais nos estados contam com um orçamento de R$ 1,4 bilhão para serem utilizados em 2008. Nesse ritmo, ao final do ano, um cálculo médio prevê que devem ser aplicados apenas R$ 230,8 milhões, ou 16% do orçamento previsto para o ano (
veja tabela).

Notícia completa no site Contas Abertas

Rapidez da Justiça Brasileira


A mala preta do amigo de Jaques Wagner


Dantas pagou R$ 255 mil a amigo do governador do PT

Ligado a Jaques Wagner, Guilherme Martins, o Guiga, é investigado pela PF como lobista



Investigado pela Operação Satiagraha, da Polícia Federal, como suposto responsável pelos "contatos políticos" do banqueiro Daniel Dantas, o publicitário Guilherme Henrique Sodré Martins, o Guiga, recebeu R$ 255 mil em 2005 da Brasil Telecom, à época controlada pelo Opportunity.
O pagamento aparece em auditoria feita em 2005 pelos novos controladores da BrT. Conforme o documento, o serviço prestado por Martins "pode ser entendido como lobby".Após ter seu nome citado no escândalo que envolveu a empreiteira Gautama, no ano passado, Martins foi descrito pelo governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), como seu "melhor amigo".
No último dia 11, porém, Wagner disse se sentir "desconfortável" com a proximidade de Martins.Segundo a auditoria, o publicitário disse, em entrevista aos auditores, que "mantém contatos com diversos parlamentares, além de ser muito próximo do presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva], em função da relação de anos com o PT".
Ele também citou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).Nos relatórios da Operação Satiagraha, Martins aparece telefonando ao ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) para que ele obtivesse informações com o chefe-de-gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, sobre uma nova investigação federal contra o banqueiro.

Charge - Angeli


Racha na Policía Federal

Cacciola na Prisão

Primeira foto de Cacciola na cadeia: não tem preço

Salvatore Cacciola completa nesta segunda (21) o seu quinto dia de Bangu 8. Já não traz no rosto o sorriso que exibira na semana passada, ao desembarcar no Brasil.

No último final de semana, o sem-banco teve de fazer uma pose que não imaginara grudar no álbum de sua existência. Tirou sua primeira foto como presidiário. Divulgou-a o diário "O Dia".

Trazia as madeixas aparadas. Cenho circunspecto. Uniforme comum a todos hóspedes de Bangu: da cintura pra cima, camiseta branca; pra baixo, caixa jeans.

Cacciola divide uma cela com 32 presos. Não se compara à cana mansa de Mônaco. Mas, para os padrões nacionais, é coisa fina. Compatível com a clientela. Gente com canudo universitário.

Cadeia ampla: 125 m². Duas instalações sanitárias –uma com chuveiros e outras com privadas. Direito a televisão no quarto. A tela é mixuruca: 14 polegadas.

Blog do Josias de Souza

Meu Papai!

Ministério Público impugna tentativa do enteado de Lula de virar vereador

O Ministério Público Eleitoral de São Paulo ingressou na Justiça com uma ação impugnando a candidatura a vereador, por São Bernardo do Campo, de Marcos Lula (foto), filho da primeira-dama Marisa Letícia e enteado do presidente Lula. Essa possibilidade foi noticiada nesta coluna, na edição de ontem (21).
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A Constituição brasileira veda, em seu artigo 14, parágrafo 7º, qualquer candidatura de “parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção”. Ele já estava em campanha, pelo menos na internet. Um dos sites se refere assim ao enteado do presidente: "Tremei tucanalhas!!! Marcos Lula está chegando.
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21 de jul. de 2008

Credo

Creio em bruxas, duendes, fadas, gnomos, saci, mula sem cabeça, boto cor de rosa, anjos do bem e do mal.

Creio em Papai Noel, Santa Klaus, coelhinho da Páscoa, pó de Pirlipimpim, estórias da Carochinha e no bicho papão.

Creio na Velhinha de Taubaté, na quadratura do círculo, no moto perpétuo, em vampiros, lobisomem. elfos e zumbis.

Creio no Pinóquio, no Zé Dirceu, no José Genuino, no Barão de Munchausen, no Bush, no Severino Cavalcante, no Lula, no FHC, no realejo da sorte e em bola de cristal.

Creio em ETs, disco voador, abdução, marciano verde, nos incas venusianos, no Peter Pan, na fada sininho e na Terra do Nunca.

Creio em cegonhas trazendo os bebês, na competência empresarial do Lulinha, que o Ulisses Guimarães está vivo, no nosso Ministro Gilmar Mendes, na volta dos que não foram e em boi voador.

Enfim, creio que o Daniel Dantas e sua quadrilha vão passar longos anos na cadeia!

Charge Sponholz


Série: Acredite se quiser

Câmara vai investigar denúncia de Protógenes sobre suposta obstrução à investigação
Gabriela Guerriro da Folha Online, em Brasília

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara vai investigar a suposta obstrução da Polícia Federal aos trabalhos do delegado Protógenes Queiroz, afastado do comando da Operação Satiagraha na última sexta-feira. O presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse nesta segunda-feira que será "inevitável" a investigação do caso mesmo com a decisão do Ministério Público Federal de São Paulo de apurar a denúncia de obstrução. "Há pessoas na comissão que são da área da Polícia Federal, é previsível que a comissão se debruce sobre esse tema. Não para substituir o Ministério Público, mas para complementar o seu trabalho", afirmou Jungmann à Folha Online.

O deputado disse esperar que integrantes da comissão apresentem requerimentos de convites para o depoimento de Protógenes e diretores da Polícia Federal, além do ministro Tarso Genro (Justiça). A comissão já solicitou ao Ministério da Justiça cópia da íntegra do áudio da reunião entre a cúpula da PF em que foi decidida a saída de Protógenes.

A Polícia Federal divulgou quatro minutos do áudio captado na reunião, mas a sua duração foi de quase quatro horas. Nos trechos divulgados, não há qualquer menção à denúncia de que Protógenes deixou o caso após ser pressionado pela cúpula da PF. O delegado, no entanto, encaminhou denúncia ao Ministério Público de São Paulo na última sexta-feira para denunciar a obstrução da própria PF ao seu trabalho.

Oficialmente, a justificativa para a necessidade de haver uma seleção dos trechos da gravação é porque a reunião, realizada na Polícia Federal, tratou de uma série de temas --inclusive alguns considerados sigilosos pelo governo.

Porém, os trechos que interessam para divulgação são os que dizem respeito diretamente ao fato de Protógenes dar a entender que deixaria as investigações para fazer um curso de reciclagem na academia de polícia, que teve início nesta segunda-feira, em Brasília.
Na representação encaminhada ao Ministério Público, Protógenes reclama que foi prejudicado pela falta de recursos humanos e materiais para a condução das investigações.
Segundo reportagem da Folha, o delegado foi "convidado" pela direção-geral da PF a se afastar das investigações por causa de supostos excessos cometidos durante a operação.
Investigações

Assim como a Comissão de Segurança, a CPI das Escutas Clandestinas da Câmara também vai investigar se houve obstrução aos trabalhos de Protógenes conduzida pela própria Polícia Federal. Integrantes da CPI querem ter acesso à íntegra da gravação da reunião em que o delegado comunica o seu afastamento da Operação Satiagraha.
Os parlamentares questionam a versão divulgada pela PF de que Protógenes pediu para deixar o caso porque vai dar início a um curso superior presencial da instituição.
"É a primeira vez que divulgam parte da reunião de trabalho da Polícia Federal para dar a idéia de que o delegado pediu para sair. Mas o delegado argumenta que houve adulteração na gravação. Isso é grave", disse à Folha Online o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).


Dantas dá as cartas

Com o delegado Protógenes Queiroz afastado, Daniel Dantas ganhou a terceira cartada. As duas anteriores foram os habeas-corpus liberatórios.
Agora, Dantas joga em duas frentes. Precisa afastar o juiz Fausto De Sanctis e, para isso, já argüiu no processo criminal o seu impedimento por falta de imparcialidade. Se o juiz recusar a exceção de suspeição, caberá ao Tribunal Regional Federal apreciar essa matéria.

A outra cartada já foi dada. Ao apreciar o pedido do senador Heráclito Fortes (DEM-PI) de acesso às apurações (habeas-datas), o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), considerou-o investigado.

Como Heráclito é investigado, haverá, em breve, avocação dos inquéritos e do processo criminal ao STF, pois o senador tem foro privilegiado. Aí, De Sanctis estará definitivamente afastado.
Para arrematar, a força-tarefa instituída para apurações, com grande número de envolvidos, poderá se transformar em fonte permanente de vazamentos.

PANO RÁPIDO: Dantas continua com o jogo na mão. E a dar as cartas.

Wálter Fanganiello Maierovitch Especial para Terra Magazine

Triste Fim da Operação Satiagraha



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O senador Heráclito Fortes, servindo aos interesses de todos os envolvidos com os obscuros (ou melhor, muito claros) negócios do "banqueiro" Daniel Dantas, vai levar o inquérito da Operação Satiagraha para o STF, que é ,coincidentemente, presidido pelo Gilmar Mendes que concedeu os dois habeas corpus ao banqueiro.

Esse inquérito está fadado ao esquecimento e ao término em pizza de banana. Afinal o senhor Dantas mantém esses negócios escusos desde o governo Collor passando pelo de FHC e chegando ao de Lula.

Portanto, nem ao governo Lula, nem à oposição interessa mexer nesse vespeiro.

Siga o exemplo: se for beber, não dirija!

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