Fragmentos: Dentro da noite veloz - Ferreira Gullar

A vida muda como a cor dos frutos lentamente e para sempre. A vida muda como a flor em fruto velozmente.
A vida muda como a água em folhas o sonho em luz elétrica a rosa desembrulha do carbono o pássaro da boca mas quando for tempo.
E é tempo todo o tempo mas não basta um século para fazer a pétala que um só minuto faz ou não mas a vida muda a vida muda o morto em multidão.


23 de jul. de 2008

Bandido deputado




A polícia do Rio prendeu, na madrugada desta terça (22), o deputado estadual Natalino Guimarães (DEM), na foto. Acusa-o de comandar uma milícia. A prisão de Natalino, recolhido a uma cela de Bangu 8, mobilizou três dezenas de policiais.

Cercaram a casa do deputado. Lá dentro, realizava-se o que a polícia chamou de “
reunião de milicianos”. Houve troca de tiros. Sete suspeitos conseguiram fugir. Outros seis foram às algemas. O deputado ‘demo’ e mais cinco. Entre eles dois PMs, um agente penitenciário e foragido da lei.

Chama-se Fábio Pereira de Oliveira o foragido alcançado pelos policiais. Levou um tiro na mão. Fabinho Gordo, como é conhecido, fazia a segurança do deputado preso. Natalino Guimarães é, ele próprio, um ex-policial. No último dia 11, fora expulso da corporação. Justamente porque, informou-se então, chefiava uma
milícia. Um irmão de Natalino, Jerônimo Guimarães, é vereador pelo PMDB. Policial aposentado, ele teve a pensão cassada pelo Estado. A polícia acusa Jerônimo de dividir o comando da milícia com o irmão Natalino.

Milícia é o apelido que os cariocas deram aos grupos paramilitares que vendem pseudoproteção nos morros cariocas. É uma espécie de neo-esquadrão da morte.

Comentário: Antes havia políticos bandidos, agora temos bandidos políticos

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