Fragmentos: Dentro da noite veloz - Ferreira Gullar

A vida muda como a cor dos frutos lentamente e para sempre. A vida muda como a flor em fruto velozmente.
A vida muda como a água em folhas o sonho em luz elétrica a rosa desembrulha do carbono o pássaro da boca mas quando for tempo.
E é tempo todo o tempo mas não basta um século para fazer a pétala que um só minuto faz ou não mas a vida muda a vida muda o morto em multidão.


8 de fev. de 2008

Raposa tomando conta de galinheiro?



Funcionários da CGU usam cartão corporativo em drogarias e lavanderias
TALITA BEDINELLI da Agência Folha

Funcionários da CGU (Controladoria Geral da União) --órgão responsável, entre outras funções, pela fiscalização das contas do governo federal-- também usaram cartões corporativos para saques e compras em locais como drogarias, lojas de informática e lavanderias.
As informações estão disponíveis no Portal da Transparência, mantido pelo próprio órgão, e se referem a faturas pagas durante 2007. Os três funcionários da CGU com cartões corporativos --todos da Coordenação-Geral de Planejamento e Orçamento, em Brasília-- gastaram juntos R$ 22.115,81.
O campeão de uso foi o técnico de finanças e controle Anastácio Aguiar, com faturas no total de R$ 15.169,06. Parte da verba foi utilizada para pagar três contas em lavanderias, com o valor total de R$ 155. O funcionário também pagou R$ 210 à Vivo S/A e efetuou 27 saques no total de R$ 5.719.
O também técnico de finanças e controle André Medeiros usou R$ 6.159,75 em drogarias, lojas de eletrônicos e papelarias, entre outros gastos. George Maraschin, assessor da CGU, gastou R$ 787 com o cartão, apenas em saques.
O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage Sobrinho, disse anteriormente que o uso do cartão corporativo em Brasília deve ser restrito a pequenas quantias imprescindíveis e emergenciais. Ontem, a assessoria do órgão disse que não poderia falar especificamente sobre cada gasto de seus funcionários porque, antes, teria que verificar as notas fiscais.
Aguiar disse à Folha que as contas nas lavanderias se referiam à lavagem de toalhas de mesa usadas pelo gabinete de Hage Sobrinho. Quando questionado sobre os outros gastos, Aguiar afirmou que as explicações sobre os gastos dos três funcionários seriam dadas apenas pelo coordenador-geral de Planejamento e Orçamento, Giovanni Cândido Dematte.
O coordenador disse que somente a assessoria de imprensa do órgão poderia comentar. A assessoria afirmou que não existem toalhas no gabinete do ministro e que as lavanderias foram usadas para lavar jalecos de médicos e enfermeiras de um posto médico que foi montado dentro do prédio da CGU.
O órgão disse ainda que o dinheiro retirado nos saques é usado normalmente para ressarcir funcionários que tiveram despesas urgentes, como trocas de pneus e de óleo de carros usados em trabalho, por exemplo. A assessoria disse que ontem não poderia falar sobre cada gasto especificamente porque, antes, teria que verificar todas as notas fiscais.
O órgão afirmou que está reduzindo os gastos com o cartão corporativo a cada ano. Em 2006, foram usados R$ 30.268, sendo R$ 12.827 em saques.
Já durante o ano passado o valor baixou para R$ 22.875, sendo R$ 8.300 em saques.A CGU disse ainda que os cartões corporativos permitem um maior controle dos gastos feitos pelo governo federal. De acordo com a controladoria, eles substituíram a antiga conta B --que ainda existe.

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