
Antes de sair em recesso, em junho, o Senado surpreendera o país com uma novidade esdrúxula: a criação de 97 novos cargos. Sem concurso. Salários de R$ 10 mil.
A idéia brotara da cabeça do primeiro-secretário da Casa, senador Efraim Morais (DEM-PB). Defendeu sua opinião com unhas e dentes.
Num laivo de bom senso, o presidente Garibaldi Alves (PMDB-RN) pôs o pé no freio. Deu ouvidos à algaravia e mandou a idéia ao arquivo.
Deve-se ao repórter Adriano Ceolin a revelação de que, noves fora os padrinhos dos amigos, Efraim já emprega em seu gabinete nada menos que sete parentes. Repare no quadro abaixo:
Vê-se claramente que, no Senado, uma pura opinião pode facilmente converter-se numa opinião impura.
Ali, uma certa proposta jamais pode ser confundida com uma proposta certa. Afinal, uma dada quantia de verba pública não é uma quantia de verba dada
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