Ciro Gomes encontra-se numa encruzilhada de sua carreira política: submeter-se aos desejos do Planalto e sair candidato ao Governo de São Paulo ou postular a Presidência da República.
Atender a Lula significa vir a ser o desafeto oficial de Serra, podendo atacá-lo durante todo programa eleitoral gratuito destinado aos candidatos de São Paulo, permitindo que a Dilma se apresente como a Dilminha Paz e Amor. Ou seja, servir de canhoneiro para o governo.
A opção dos governistas pela candidatura ao governo paulista tem razões óbvias, além das citadas acima. O PT não tem perspectiva de ganhar a eleição em São Paulo e uma vitória de Ciro na eleição presidencial não significaria a continuidade do lulismo, pelas posições do candidato e pelo caráter explosivo de sua personalidade.
Não se candidatando a Presidência, Ciro sabe que perde qualquer possibilidade de continuar com o sonho presidenciável. Em 2014 e 2018 jamais terá condições de sair candidato contra Lula em sua tentativa de retorno ao cargo. Nessa hipótese volta a mediocridade de sua carreira política após sua saída do governo do Ceará e, no máximo, receberá um prêmio de consolação no governo Dilma, se for ela a eleita.
Além da encruzilhada, em qualquer das hipóteses, as chances de Ciro como candidato a qualquer dos cargos pode desmoronar no primeiro rompante destrambelhado que tem caracterizado sua trajetória.
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