Fragmentos: Dentro da noite veloz - Ferreira Gullar

A vida muda como a cor dos frutos lentamente e para sempre. A vida muda como a flor em fruto velozmente.
A vida muda como a água em folhas o sonho em luz elétrica a rosa desembrulha do carbono o pássaro da boca mas quando for tempo.
E é tempo todo o tempo mas não basta um século para fazer a pétala que um só minuto faz ou não mas a vida muda a vida muda o morto em multidão.


29 de jul. de 2008

Programa Casa Própria da Governadora do RS

Folha de São Paulo
Tribunal investiga Yeda por compra suspeita de imóvel
Defesa diz que não houve subavaliação da casa


Meses antes de vender, por R$ 750 mil, uma casa à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), o engenheiro Eduardo Laranja da Fonseca recebeu a proposta de R$ 1 milhão pelo mesmo imóvel. O negócio é alvo de suspeitas da oposição e está sob análise do Ministério Público do TCE (Tribunal de Contas do Estado).


Ontem, Yeda não quis comentar o assunto.A casa onde vive a governadora tem quatro pavimentos, 467 m2 de área construída num terreno de 645 m2 na Vila Jardim, bairro nobre de Porto Alegre. Na época, os R$ 750 mil pagos pelo imóvel superavam a declaração de bens feita pela governadora (R$ 674 mil). Na certidão da transação, Yeda comprometia-se a pagar R$ 550 mil à vista e R$ 200 mil quando o dono do imóvel liquidasse dívidas que deram origem a duas ações de execução.


A suspeita de subavaliação do imóvel foi levantada nos pedidos de investigação feitos pelo PSOL e pelo PT ao TCE. Avaliado em R$ 900 mil pela prefeitura, o imóvel chegou a ser anunciado por R$ 1,2 milhão.Um documento assinado pelo empresário José Luís Borsatto e sua mulher, Maria Fernanda Prado Borsatto, em 7 de agosto de 2006 corrobora o indício. Nele, o casal se comprometia a pagar R$ 1 milhão pela casa. O PSOL enviou cópia do documento -sem a assinatura de Laranja- ao TCE. O casal prometeu R$ 400 mil em dinheiro e uma casa de R$ 600 mil. Maria Fernanda confirmou a negociação, mas não disse por que não se concretizou. Laranja não foi localizado."Esta proposta unilateral de compra é um nada jurídico, pois não tem a assinatura do vendedor, que deveria querer dinheiro e não outro imóvel", afirma Paulo Olímpio Gomes de Souza, advogado de Yeda.


Para ele, a suspeita de subavaliação não se sustenta porque, semanas antes de ser vendido, ele foi anunciado a R$ 850 mil. Na defesa prévia apresentada ao TCE, Souza afirma que a governadora conseguiu levantar R$ 592 mil com a venda de dois apartamentos e de um carro para pagar a entrada da casa, mas não disse de onde viria o restante do dinheiro.

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