Agência Carta Maior - 08/09/2006
Grito dos Excluídos mobiliza milhares
Em sua 12ª edição, manifestação contra política econômica e por melhores condições de vida, organizada por movimentos sociais e o setor progressista da Igreja Católica, aconteceu em diversas cidades e teve versão continental.
Bia Barbosa e Gilberto Maringoni – Carta Maior
APARECIDA DO NORTE E SÃO PAULO – A 12ª edição do Grito dos Excluídos, em São Paulo, foi a mais maciça dos últimos anos, aglutinando, em seu pico, nos jardins do Museu do Ipiranga, zona sul, cerca de dez mil ativistas. A manifestação teve início na catedral da Sé, na região central, com um culto realizado para mais de duas mil pessoas. Quando iniciaram a marcha de quatro quilômetros para o ato final, os manifestantes foram recebendo adesões pelo caminho.Trabalhadores de todas as regiões da capital, representando as Pastorais Sociais, a Intersindical (dissidência da Central Única dos Trabalhadores), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Central de Movimentos Populares (CMP), a Conlutas e dezenas de organizações populares.Realizado anualmente no dia da Independência, a manifestação tem por objetivo protestar contra as más condições de vida da maioria da população e ocorre simultaneamente em diversas cidades brasileiras.Embora candidatos e partidos políticos não tivessem direito à palavra no palanque improvisado sobre um caminhão de som, militantes do PT, PCdoB, PSOL e PSTU fizeram propaganda de seus candidatos.Francisvaldo Mendes, dirigente da Intersindical, acusou a política econômica “criada pelo PSDB e mantida pelo PT no governo” de ser a fonte das dificuldades vividas pela população. A fala gerou descontentamento entre petistas presentes no ato, sem maiores conseqüências. Mas José Maria de Almeida, representando a Conlutas, insistiu na tecla. “Os candidatos à presidência da República, tidos como favoritos, escondem suas propostas principais durante essa campanha”. Segundo ele, estaria sendo planejada a aprovação de uma reforma sindical e trabalhista restritiva de direitos e uma nova etapa da reforma previdenciária.Para Delwek Matheus, dirigente nacional do MST, “o Grito marca o ressurgimento da luta política e a expressão clara da luta de classes existente no nosso país”.Paulo Pedrino, das Pastorais Sociais, lembro da violência que atinge os mais pobres e afirmou a necessidade de todos lutarem por “pão, terra e liberdade” como única alternativa para uma vida melhor.
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8 de set. de 2006
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