CASO FRANCENILDO
Justiça quebra sigilo telefônico de Palocci
A Justiça Federal quebrou o sigilo telefônico do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, no período de 10 a 17 de abril de 2006, para descobrir com quem ele se comunicou na semana em que foi violado o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Demitido do cargo por causa do escândalo, Palocci já está indiciado pelo crime, junto com seu então assessor de imprensa Marcelo Netto e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso.
O Ministério Público entendeu que a quebra do sigilo telefônico de Palocci pode reforçar o rol de provas e assegurar a condenação judicial dos acusados. Indiciado também por prevaricação e violação de sigilo funcional, Palocci pode pegar de 2 a 8 anos de prisão, mesma pena a que está sujeito Mattoso. Acusado apenas de ter vazado os dados bancários do caseiro para a imprensa, Netto pode pegar de 1 a 3 anos de prisão.
O delegado Rodrigo Carneiro Gomes, encarregado do inquérito, pediu à Brasil Telecom que envie os extratos telefônicos de Palocci até sexta-feira e espera concluir seu relatório complementar até o próximo dia 15. Ontem, em depoimento sigiloso dado na sua residência, o líder do governo no Senado, Tião Viana (PT-AC), admitiu ter tomado conhecimento de rumores sobre a existência de “uma grande soma de dinheiro estranho” circulando na conta de Francenildo.
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