
Vagas para protegidos garantidas
Sindicato dos Servidores do MPU denuncia cabide de emprego dentro da instituição
Lúcio Vaz e Fabíola Góis - Da equipe do Correio
O Ministério Público da União (MPU) mantém em seu quadro de funcionários de confiança 26 candidatos que não conseguiram entrar por concurso público. Essa é uma das imoralidades apontadas por levantamento do Sindicato dos Servidores do Ministério Público da União (Sinasempu), entregue ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, em maio deste ano. Nomeações irregulares de pessoas sem vínculo com a administração pública para funções comissionadas e casos de nepotismo e de servidores fantasmas também fazem parte do relatório. O MPU é o guardião dos poderes e advogado dos interesses da sociedade.
Entre os 26, a pior colocada no concurso, Sílvia Terra Amaral, ficou em 10.080º lugar. Logo depois do concurso público, foi nomeada para o cargo de assessor (FC-07), com salário de R$ 7,9 mil. Trabalha no órgão desde 2003.
O documento com os nomes desses servidores era mantido em sigilo, mas o presidente do Sinasempu, Luiz Ivan Cunha Oliveira, foi provocado pelo secretário-geral do Ministério Público Federal, Carlos Frederico Santos, a apresentar a lista dos comissionados que não foram classificadas no concurso, além de casos de nepotismo. “Apresentem a lista”, desafiou Santos na última sexta-feira. O sindicato apresentou uma listagem completa, com o nome dos servidores, a classificação no concurso, o cargo que ocupam, o local de trabalho e a data da nomeação. No ofício, Ivan afirma que essas nomeações “ferem de morte os princípios da moralidade e da impessoalidade. Afinal, somente por apadrinhamento é que pessoas incapazes de conseguir classificação em concurso público do MPU seriam chamadas para exercerem cargos comissionados no próprio órgão, em detrimento das que foram aprovadas”.
Um comentário:
fiz o concurso do mpu de 2004, mas depois da confusao que teve em brasilia, do candidato sair com gabarito, ja estou achando que o concurso e pura fachada, sou estudante de direito e fico cada vez mais triste com a nossa classe de juristas...
Postar um comentário