Fragmentos: Dentro da noite veloz - Ferreira Gullar

A vida muda como a cor dos frutos lentamente e para sempre. A vida muda como a flor em fruto velozmente.
A vida muda como a água em folhas o sonho em luz elétrica a rosa desembrulha do carbono o pássaro da boca mas quando for tempo.
E é tempo todo o tempo mas não basta um século para fazer a pétala que um só minuto faz ou não mas a vida muda a vida muda o morto em multidão.


14 de set. de 2006

Até tu, MPU?

Correio Brazilense - 14/09/2006
Vagas para protegidos garantidas

Sindicato dos Servidores do MPU denuncia cabide de emprego dentro da instituição

Lúcio Vaz e Fabíola Góis - Da equipe do Correio

O Ministério Público da União (MPU) mantém em seu quadro de funcionários de confiança 26 candidatos que não conseguiram entrar por concurso público. Essa é uma das imoralidades apontadas por levantamento do Sindicato dos Servidores do Ministério Público da União (Sinasempu), entregue ao procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, em maio deste ano. Nomeações irregulares de pessoas sem vínculo com a administração pública para funções comissionadas e casos de nepotismo e de servidores fantasmas também fazem parte do relatório. O MPU é o guardião dos poderes e advogado dos interesses da sociedade.
Entre os 26, a pior colocada no concurso, Sílvia Terra Amaral, ficou em 10.080º lugar. Logo depois do concurso público, foi nomeada para o cargo de assessor (FC-07), com salário de R$ 7,9 mil. Trabalha no órgão desde 2003.
O documento com os nomes desses servidores era mantido em sigilo, mas o presidente do Sinasempu, Luiz Ivan Cunha Oliveira, foi provocado pelo secretário-geral do Ministério Público Federal, Carlos Frederico Santos, a apresentar a lista dos comissionados que não foram classificadas no concurso, além de casos de nepotismo. “Apresentem a lista”, desafiou Santos na última sexta-feira. O sindicato apresentou uma listagem completa, com o nome dos servidores, a classificação no concurso, o cargo que ocupam, o local de trabalho e a data da nomeação. No ofício, Ivan afirma que essas nomeações “ferem de morte os princípios da moralidade e da impessoalidade. Afinal, somente por apadrinhamento é que pessoas incapazes de conseguir classificação em concurso público do MPU seriam chamadas para exercerem cargos comissionados no próprio órgão, em detrimento das que foram aprovadas”.

Um comentário:

Anônimo disse...

fiz o concurso do mpu de 2004, mas depois da confusao que teve em brasilia, do candidato sair com gabarito, ja estou achando que o concurso e pura fachada, sou estudante de direito e fico cada vez mais triste com a nossa classe de juristas...

 
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