
Falta de transparência
Na última quinta-feira, o Correio mostrou que 149 deputados e 24 ex-parlamentares controlam 2.266 cargos de confiança criados para assessorar órgãos administrativos e técnicos da Câmara. Os salários variam de R$ 1,9 mil a R$ 8,2 mil. Os 600 assessores que aparecem na lista dos cargos de natureza especial (CNEs) custam aos cofres públicos R$ 20 milhões por ano. Os CNEs foram inicialmente criados para suprir uma deficiência de pessoal, enquanto não havia concurso público. As seleções públicas começaram, as contratações ocorreram, mas os parlamentares continuaram usando os cargos para empregar apadrinhados.
O campeão de nomeações é o primeiro-secretário da Câmara, Inocêncio Oliveira (PL-PE), com 55 cargos. Em seguida, aparece o corregedor da Casa, Ciro Nogueira(PP-PI), com 39 assessores. O segundo-secretário da Câmara, Nilton Capixaba (PTB-RO), tem 31 cargos. Apesar de ser cobrado pelo Ministério Público Federal, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, se recusa a passar informações sobre os CNEs ao MPF. As denúncias de irregularidades praticadas com os cargos são alvo de processo no Tribunal de Contas da União. (FG)
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