
Efeito dominó
Crise do dossiê provoca baixas em seqüência no governo e na campanha petista. Berzoini foi afastado da coordenação
Uma nota oficial de apenas duas frases, assinada pelo assessor de imprensa da campanha. Foi assim, sem pompa ou solenidade, que o deputado Ricardo Berzoini foi dispensado da coordenação da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. A demissão de Berzoini foi o ponto mais tenso de um dia especialmente nervoso no Palácio do Planalto.
Assustado com as repercussões do escândalo provocado pelo envolvimento de petistas na compra de um dossiê contra políticos tucanos, o presidente decidiu sacrificar seu braço-direito na campanha. Tenta com isso antecipar-se a novas revelações da investigação feita pela Polícia Federal sobre a origem do dinheiro (R$ 1,7 milhão) usado para tentar comprar o material contra os tucanos. Berzoini está sendo pressionado a afastar-se também da presidência do PT. As circunstâncias da demissão de Berzoini demonstram o clima pesado que tomou conta do governo desde que o caso do dossiê explodiu. Lula chegou a pensar em afastá-lo na terça-feira, quando ainda estava em Nova York, onde participou da Assembléia Geral das Nações Unidas. Assustou-se com a rapidez com que novos nomes de petistas eram envolvidos no caso. Primeiro foi seu assessor especial, Freud Godoy. Depois foi a vez de Jorge Lorenzetti, que chefiava um núcleo de inteligência na campanha e de Oswaldo Bargas, que coordenava um dos grupos de elaboração do programa de governo de Lula. O seguinte foi Expedito Veloso, diretor do Banco do Brasil.
Link para a reportagem completa: assinantes do Correio Braziliense
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