
Dossiê eleva tom da campanha presidencial a 10 dias das eleições
Crise que abalou campanha de Lula ainda deve ter um lance dramático: a origem dos R$ 1,7 milhões encontrados com petistas em SP.
Nesta quinta (21), também cresceu pressão para que PF aprofunde investigação sobre conteúdo do dossiê.
Marcel Gomes – Carta Maior
Marcel Gomes – Carta Maior
A crise política detonada pelo envolvimento de petistas na compra de um dossiê contra José Serra está seguindo um roteiro óbvio, cumprido ao pé da letra pela maior parte da mídia, mas também há um outro roteiro, “alternativo”, que começou a ganhar espaço nesta quinta-feira (21).O primeiro roteiro tem como próxima cena a revelação sobre a origem dos R$ 1,7 milhões encontrados com os petistas em um hotel de São Paulo. A Polícia Federal já sabe quais foram as agências bancárias que liberaram o dinheiro, mas os nomes dos titulares das contas ainda permanecem sob sigilo. Dependendo dos resultados dessa investigação, outros petistas e membros do governo Lula podem ir para a berlinda. Para afastar um desses boatos que sempre surgem em época de crise, o ministro Luiz Marinho (Trabalho) rebateu nesta quinta (21) o que ele chamou de “insinuações irresponsáveis” que envolveriam a pasta no caso. O boato, que virou reportagem em alguns veículos, dizia que uma fundação chamada Unitrabalho, onde trabalhou o petista Jorge Lorenzetti, envolvido com a compra do dossiê, havia liberado o dinheiro para o negócio. A fundação, que tem projetos financiados com dinheiro público, também negou nesta quinta qualquer envolvimento com o escândalo.Mas há também um roteiro “alternativo” para a crise. “Alternativo” porque foi deixado de lado pela maior parte da mídia, mas que tem potencial suficientemente grande para causar estragos nas candidaturas do PSDB. A Polícia Federal, parte da imprensa e parlamentares da CPI dos Sanguessugas investigam as relações da família Vedoin com o tucano Barjas Negri, ex-ministro da Saúde na gestão de Fernando Henrique Cardoso, e ligado a José Serra. Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia de superfaturamento das ambulâncias, prestou depoimento nesta quinta em Cuiabá, onde está preso provisoriamente. O teor de seu depoimento não foi divulgado.
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