
Irregularidades em série
André Puccinelli, candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, é acusado de superfaturar obras e dirigir licitações
Lúcio Vaz Enviado especial - Campo Grande (MS)
Com chances de ser eleito governador do Mato Grosso do Sul já no primeiro turno, como indicam as pesquisas eleitorais, o ex-prefeito da capital André Puccinelli (1997-2004) fez uma administração marcada por muitas obras e por denúncias de irregularidades. Compra de votos, empresários laranjas “tocando” obras públicas, superfaturamento e direcionamento de licitações estão registrados em depoimentos de testemunhas ao Ministério Público Federal e à Justiça, em auditorias da Controladoria Geral da União (CGU) e até em fita de vídeo. Na urbanização do Córrego Bandeira, a CGU apontou um sobrepreço de R$ 3,9 milhões, além de sub-rogação ilegal de contrato e fuga ao procedimento licitatório. Durante quase um ano, parte da obra foi tocada por uma empresa que estava em nome de dois garis, a Engecap, controlada por Éolo Ferrari. O contrato foi cancelado, mas os garis assumiram dívidas no valor de R$ 4 milhões.
Situação semelhante é narrada pela empresária Marinês Bertagnilli, ex-mulher do empreiteiro João Amorim, em medida cautelar que moveu na Justiça, em 2003, para recuperar documentos da empresa MBM Construções, que executou diversas obras da prefeitura. Marinês também foi usada como “laranja” e herdou dívida com o INSS no valor de R$ 985 mil. Segundo ela, Éolo e Amorim, “ao que parece, têm por costume manter empreiteiras em nome de terceiros, destinadas a se beneficiar de licitações públicas do atual governo municipal, com cujo prefeito mantêm estreitos laços de amizade pessoal, já que esse último foi inclusive tesoureiro das duas campanhas do prefeito André Puccinelli”.
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